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As perdas com o trigo chegaram a 90% no ano passado em 900 hectares da Fazenda do Sol (Tibagi), conta Willem Bauwman. Porém, com estatísticas dos últimos dez anos na cabeça, ele diz que a cultura é viável. "Em seis safras deu lucro e em três (das dez) a despesa foi menor do que a necessária para cultivar uma cobertura verde."

Mas o entusiasmo de quem está disposto a arriscar na produção este ano seria o menor dos últimos tempos. "Só o dólar desanima. Com a cotação de R$ 1,87 os preços aumentam lá fora e aqui continuam baixos", diz o produtor. Abaixo dos R$ 3 desde 2005, a moeda norte-americana precisaria estar 40 centavos mais valorizada para atender às expectativas dos produtores de trigo. Eles alegam que tiveram aumento de até 40% nos custos dos insumos.

Negociada a R$ 510, a tonelada de trigo brasileiro vale US$ 283. O valor em dólar é usado na comparação que faz com que o preço brasileiro fique entre o argentino e o norte-americano. Se o dólar estivesse a R$ 2,20, o preço do trigo nacional chegaria a R$ 620, provocando forte alta também em produtos como pães, massas e biscoitos.

Os estoques mundiais caíram um terço nesta década e a reação nos preços em dólar foi inversamente proporcional, o que elevou a cotação na Argentina (onde o dólar vale R$ 3,10 pesos) bem mais do que no Brasil. (JR)

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