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O Departamento de Eco­­nomia Rural (Deral) do Paraná divulgou ontem que a soja deve crescer 3,9% em área no estado, chegando a 4,57 milhões de hectares, a maior área já registrada. Com isso, tem potencial para 14,99 milhões de toneladas (38,50% a mais que em 2011/12). O El Niño afasta o risco de seca, que derrubou a produção a 10,8 milhões de toneladas na safra passada.

O milho terá queda de 13,1% na área de cultivo paranaense, para 851,91 mil hectares. A produção esperada é de 6,83 milhões de toneladas (+4,4%, após um ano de seca). Deve haver recuo também no feijão das águas. A área cai 12,2% (para 217,31 mil hectares), mas a produção passa de 341,6 mil para 378,4 mil toneladas (8,8%).

Se o clima cooperar, a soja pode atingir 15,3 milhões de toneladas, avaliou o secretário da Agricultura do Paraná, Norberto Ortigara. "Felizmente os preços do milho aumentaram na reta final. Do contrário, muitos produtores iriam fazer a bobagem técnica de suspender a rotação de culturas."

A maior expansão da soja ocorre em Mato Grosso. O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) vem confirmando em levantamentos semanais que a intenção de plantio de soja chega perto de 7,9 milhões de hectares, com expansão que se aproxima de 12%. O estado do Centro-Oeste espera colher mais de 24 milhões de toneladas do grão, deixando para apostar no milho no próximo inverno.

No Rio Grande do Sul, que soltou seu primeiro levantamento oficial há uma semana, a Emater aponta que a soja vai tirar área do milho, do arroz e do feijão. A oleaginosa força ampliação de 2,55% na área agrícola, para 6 milhões de hectares. A expectativa é que os produtores gaúchos possam recuperar renda depois de um ano de seca severa, disse o presidente da Emater, Lino De David.

As lavouras gaúchas deverão reservar 4,4 milhões de hectares para a soja (+6,22%). No milho, a redução de 5,55% encurta a lavoura a 1,06 milhão de hectares. O feijão confirma queda contínua com redução de 6,01%, para 55,36 mil hectares. E o arroz, concentrado no estado gaúcho, deverá ocupar 1 milhão de hectares (-2,9%, na comparação com 2011/12).

Com redução na produção de alimentos destinados basicamente ao consumo interno (arroz e feijão), a soja força alta nos preços de cadeias paralelas. Os reajustes verificados no último vem sendo automaticamente repassados ao consumidor final.

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