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Os efeitos da crise internacional atingiram boa parte da agricultura brasileira, mas eles estão camuflados pelo excelente desempenho da soja e do milho. Os preços desses produtos foram impulsionados pela quebra da safra passada de soja dos Estados Unidos, dos estados do sul do Brasil e da Argentina.

Também ajudaram o volume significativo de investidores financeiros apostando nos mercados futuros de grãos e a valorização do câmbio. Com isso, milho e soja, que já garantiram uma receita recorde para a agricultura neste ano, devem repetir e ampliar esse resultado em 2013.

A safra de grãos que está sendo plantada no centro-sul do País, e será colhida em março do ano que vem, e as produções de café, cana, fumo e laranja devem somar um faturamento bruto para os agricultores de R$ 257 bilhões em 2013, segundo projeções da RC Consultores. A cifra é 7% maior que a embolsada neste ano, de R$ 239,7 bilhões. Os cálculos da consultoria consideram dados de produção e preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Fundação Getúlio Vargas.

Quase a totalidade do crescimento da receita agrícola de R$ 17,3 bilhões projetada para o ano que vem, em relação a de 2012, virá da soja, com R$ 13,2 bilhões, e do milho, com R$ 3,9 bilhões, observa o sócio da consultoria e responsável pelas projeções, Fabio Silveira. "Nos demais cultivos não há avanço, o que mostra que a crise atingiu um bom pedaço da agricultura. Ainda bem que a soja e o milho continuam crescendo, o que deve irrigar a economia do interior do País, o consumo e a arrecadação de impostos", diz o economista.

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