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As receitas geradas com as exportações de soja, o principal produto da pauta exportadora brasileira, cairão pelo segundo ano consecutivo em 2016, apesar de embarques de volumes recordes, em um reflexo dos preços mais baixos da commodity diante da oferta abundante nos principais produtores, previu nesta segunda-feira (05) a Associação Brasileira Indústrias Óleos Vegetais (Abiove).

A associação estimou que o Brasil deverá obter US$ 18,48 bilhões com as exportações de soja em grãos, recuo de 7,2% ante o total previsto para 2015. O país é o principal exportador global de soja e está começando a plantar uma safra recorde, ao mesmo tempo que os Estados Unidos colhem um volume perto da máxima histórica.

Os preços médios de exportação, influenciados pelos contratos futuros do mercado de Chicago -- que estão oscilando perto de mínimas de mais de seis anos devido à grande oferta global --, foram estimados em US$ 350 por tonelada em 2016, queda de mais de 30% ante 2014, quando o país teve receita recorde de US$ 23,3 bilhões com a oleaginosa.

A Abiove não estima as receitas do setor na moeda brasileira, mas o impacto da queda dos preços no exterior vem sendo reduzido pela alta do dólar frente real, de cerca de 80% nos últimos 24 meses.

Considerando o complexo soja, que inclui além do grão, o farelo de soja e o óleo, as divisas geradas deverão atingir US$ 24,2 bilhões em 2016, ante revisados US$ 26,5 bilhões previstos para este ano --até agosto, a Abiove projetava US$ 25,5 bilhões em 2015.

Apesar da queda dos preços neste ano, a soja ainda deverá ser o produto com maior geração de divisas para o país, superando o minério de ferro, de acordo com projeções da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

Essa mudança no ranking do produto líder da pauta exportadora deverá ocorrer este ano pela primeira vez desde 2005, uma vez que a queda dos preços do minério de ferro foi mais vertiginosa que a redução das cotações da soja, cujos volumes serão recordes a quase 53 milhões de toneladas.

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