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Com valorização de dois dígitos em todos os principais vencimentos, a soja reverteu uma sequencia de cinco pregões de queda e disparou na Bolsa de Chicago nesta terça-feira. No melhor momento do dia, o maio/15 da oleaginosa, contrato que baliza preços para a colheita brasileira, chegou a romper a barreira dos US$ 10 por bushel, mas acabou fechando um pouco abaixo desse patamar. Ao final da seção, trocava de mãos a US$ 9,93/bushel, com alta de 26,75 pontos.

Após atingir ontem os menores níveis desde 20 de outubro, o mercado deflagrou um movimento de recuperação técnica, amparado por indicativos de aumento na demanda internacional. Com a valorização, o primeiro contrato da oleaginosa conseguiu romper uma resistência importante na altura dos US$ 9,85/bu (linha vermelha no gráfico abaixo), o que, tecnicamente, pode abrir espaço para novas altas nos próximos dias. Os fundamentos de curto prazo suportam a tendência.

O clima quente e seco que castiga lavouras em importantes estados sojicultores brasileiros desde o início do ano tem feito governos e consultorias privadas especializadas reduzirem as suas estimativas produção no país. Em relatório divulgado durante o dia, o adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) no Brasil apontou safra de 93 milhões de toneladas. A empresa de consultoria Informa aposta produção de 93,5 milhões de toneladas. Projeções iniciais indicavam uma safra de pelo menos 96 milhões de toneladas.

A redução de cerca de 3 milhões de toneladas nas estimativas de produção brasileira, por si só, não garante fôlego renovado para as cotações, mas, aliada a dados da demanda, pode impulsionar as cotações do grão no curto prazo. Com a colheita atrasada, o lineup no Brasil ainda é baixo e a oferta da Argentina é pequena, o que tem prolongado a janela de exportação dos EUA.

Desde o início da temporada 2014/15, em setembro, os norte-americanos já venderam 45 milhões de toneladas de soja ao mercado internacional, sendo que 37,5 milhões de toneladas já foram embarcadas. O volume corresponde a 78% do total previsto pelo Usda para a temporada (48,2 milhões de toneladas até agosto). Nesta mesma época do ano passado, os EUA haviam remetido ao exterior 31,5 milhões de toneladas de soja. Com preços fracos, os produtores norte-americanos estavam segurando as vendas nas últimas semanas, apostando justamente na atratividade das cotações como forma de retorno da demanda.

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