O presidente em exercício, Michel Temer, negou em entrevista à Rádio Estadão que o governo estaria discutindo a possibilidade de cobrar das empresas exportadoras do agronegócio uma taxação extra para ajudar a financiar a reforma da Previdência. “Não houve nenhuma discussão neste sentido de taxar o agronegócio”, comentou o presidente na manhã desta sexta-feira, 24.
Na sua edição desta quinta-feira (23), o jornal O Estado de S. Paulo noticiou que o governo começou a formatar proposta de reforma previdenciária. Uma das alternativas seria cobrar uma contribuição patronal ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) das empresas exportadoras do agronegócio.
Atualmente, essas empresas, que concentram suas vendas ao exterior, não precisam recolher a contribuição. É o único setor da economia a ter esse tratamento, segundo técnicos que trabalham na proposta do governo. Quando a venda é para o mercado interno, pagam uma alíquota de 2,6% sobre o faturamento.
A proposta provocou uma forte reação negativa no setor. Até mesmo o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, fez oposição à ideia, que classificou como “loucura” e “abraço de afogados”.
Na entrevista, Temer disse ter certeza que será possível fazer uma reforma da Previdência. “Ela é indispensável. Quem vai definir a reforma da Previdência é o Congresso. E o Legislativo age impulsionado com o que acontece na sociedade”, afirmou.
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