O impacto da farinha de trigo nos preços de produção chegou a 20% nos meses de julho, agosto e setembro.| Foto: Leticia Akemi/Gazeta do Povo

Os panetones estão chegando aos supermercados mais caros neste ano. A estimativa da Abimapi (Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados) é que o produto custe até 10% a mais aos consumidores neste Natal.

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O motivo é a alta do preço da farinha de trigo, que tem sofrido os impactos diretos do aumento no trigo, puxado pelo dólar em ascensão.

Segundo Claudio Zanão, presidente da Abimapi, o impacto da farinha de trigo nos preços de produção chegou a 20% nos meses de julho, agosto e setembro. O repasse ao consumidor deve ser de metade desse percentual e vai variar de 5% a 10%.

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Mesmo com a alta, as perspectivas de vendas são boas. Elas devem ser 8% maiores do que em 2017. Na avaliação de Zanão, em plena crise, esse é um setor que tem a comemorar já que, entre 2016 e 2017, a alta nas vendas foi de 13%.

Estudo da consultoria Kantar Worldpanel mostra que esse mercado movimentou R$ 600 milhões em 2017.

A Grande SP é responsável pelo maior consumo de panetones no país, que está presente em 53% dos lares (29 milhões de famílias). Segundo a pesquisa, os panetones tradicionais, de frutas e gotas de chocolate, representaram 78,2% das vendas, enquanto que os recheados e sem frutas corresponderam a 17,4% e 4,4%, respectivamente.

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Zanão afirma que a indústria do panetone está diversificando as opções. Para este ano, além de apostar em embalagens, estão sendo produzidos panetones sem glúten, sem lactose e de sete grãos. “O consumidor está adotando o panetone como presente”, afirma ele.

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