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A pecuária vem liderando o crescimento do VBP, com aumento real de 4,1%, revelando recuperação da atividade, enquanto as lavouras se mantém estáveis em relação ao ano anterior com valor parecido ao do ano passado.
A pecuária vem liderando o crescimento do VBP, com aumento real de 4,1%, revelando recuperação da atividade, enquanto as lavouras se mantém estáveis em relação ao ano anterior com valor parecido ao do ano passado.| Foto: Michel Willian/Gazeta do Povo

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou nesta segunda-feira (17) uma estimativa de que o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) deste ano deve ser o segundo maior da história do país. A série de levantamentos iniciou em 1989. A cifra em 2019 do VBP deve chegar a R$ 600,93 bilhões, próxima ao recorde alcançado em 2017, quando o Brasil produziu R$ 604,16 bilhões em produtos agropecuários.

Segundo o Mapa, a alta em relação ao fechamento do ano passado é de 1,4%. De acordo com José Garcia Gasques, coordenador-geral de Estudos e Análises da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, o montante não deve ficar muito diferente até o fim do ano, uma vez que falta apenas as culturas de inverno e o trigo para o fechamento.

“A pecuária vem liderando o crescimento, com aumento real de 4,1%, revelando recuperação da atividade, enquanto as lavouras se mantém estáveis em relação ao ano anterior com valor parecido ao do ano passado”, informou o ministério. Os produtos que mais se destacaram foram: algodão, amendoim, banana, batata inglesa, feijão, laranja, milho, tomate e trigo. Alguns deles se recuperaram na comparação com 2018. “Cabe observar aos leitores que os resultados favoráveis de feijão e milho devem-se à segunda safra do milho, que teve aumento excepcional de produtividade, e à segunda e terceira safras do feijão”, disse Garcia Gasques.

Na pecuária, o destaque positivo foi o frango, que cresceu 13% no valor da produção. As duas atividades com pior resultado foram leite e ovos, ambos com redução do VBP. Nesse sentido, a soja também registrou redução do faturamento (13,6%). Outras commodities agrícolas importantes como café, cana-de-açúcar e arroz também perderam faturamento, de 23,8%, 5,4% e 7,5%, respectivamente.

“Preços maiores do que os do ano passado têm sido observados em diversos produtos. Isso vem ocorrendo, principalmente, com amendoim, banana, batata-inglesa, cebola, feijão, laranja e tomate. Com exceção de amendoim e laranja, os outros têm variação de preços determinada principalmente pela estacionalidade”, informou o Mapa.

No desempenho regional, o Centro-Oeste continua liderando o valor bruto de produção, com R$ 171 bilhões; o Sul fica em segundo, com 148,8 bilhões; Sudeste, com R$ 146 bilhões; Nordeste, com R$ 57 bilhões; e Norte, com R$ 35,7 bilhões. O Mato Grosso, maior produtor brasileiro de soja, milho segunda safra e algodão, segue liderando o ranking dos estados, com um VBP de R$ 91 bilhões.

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