A multinacional alemã de produtos agroquímicos e farmacêuticos Bayer concluirá a compra da empresa americana de sementes Monsanto nesta quinta-feira (07), anunciou a companhia alemã. Apesar de a Bayer adquirir todos os produtos pesticidas e de produção de sementes e se tornar a única acionista da Monsanto, o nome da empresa americana, que tinha 117 anos, deixará de ser usado.
“Monsanto não será mais o nome da empresa”, disse a multinacional alemã, acrescentando que “os produtos adquiridos manterão suas marcas e farão parte do portfólio da Bayer”.
A Monsanto foi fortemente criticada, entre outras questões, por seus produtos químicos que contêm glifosato. Alguns estudos científicos e ações judiciais coletivas afirmam que o glifosato é cancerígeno. Ambientalistas também têm se mostrado preocupados com o fato de que a fusão colocará muito poder nas mãos dos dois gigantes produtores de culturas geneticamente modificadas e herbicidas de glifosato.
O presidente executivo da Bayer, Werner Baumann, enfatizou que a multinacional pretende ouvir os críticos e está ciente de sua responsabilidade como empresa líder no setor agrícola. “Vamos aplicar o mesmo rigor para atingir nossas metas de sustentabilidade, como fazemos com nossas metas financeiras”, afirmou Baumann.
O acordo de 63 bilhões de dólares - que deve criar a maior empresa mundial de sementes e pesticidas - foi confirmado depois que a Bayer recebeu a aprovação das autoridades antimonopólio europeias e americanas.
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Como as duas empresas possuem operações globais, o acordo teve que ser aprovado por 30 países em todo o mundo. As condições adicionais estabelecidas pelos países aumentaram os custos da operação para a Bayer, que tem sua sede na cidade de Leverkusen, no oeste da Alemanha.
Com as condições estabelecidas pelos reguladores da União Europeia (UE) e dos EUA, a Bayer só pode começar a integrar a produção da Monsanto em seu portfólio depois de ter vendido parte de seu negócio de agroquímicos e sementes para outra multinacional química alemã, a concorrente Basf.
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