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Uma área equivalente a 10 milhões de campos de futebol deve ter algum tipo de seguro na safra 2013/14, que começou oficialmente neste mês no Brasil. O terreno protegido será duas vezes maior que o do ano passado – se for realmente alcançado –, mas ainda está longe de garantir ao país uma produção sustentável de alimentos, é o que mostra reportagem de capa do caderno Agronegócio de hoje. A conquista desse status pouco depende dos agricultores, que têm cumprido – e muito bem, diga-se –, a parte que lhe cabe. O homem do campo se mostra um grande investidor, e daqueles que gostam de correr riscos, pois deixa milhões de reais a céu aberto.

Para ganhar espaço de verdade no meio rural, o seguro precisa ter respaldo governamental: recursos suficientes, garantia de pagamento dos valores orçados e produtos que caibam no bolso do produtor. O campo está preparado para investir – e clama há tempos por um novo modelo de proteção. Ou seja, mercado para esse tipo de serviço não falta. Companhias dispostas a entrar no ramo há de sobra. Mas o risco é grande.

O clima, o senhor da agricultura, tem tido um humor muito instável. Depois do céu de brigadeiro no verão passado, que deu ao Brasil a liderança na produção e exportação mundial de soja, além de safras recordes de milho, o campo está novamente ameaçado. Uma  massa de ar polar que está sobre o Sul do país, mais especificamente sobre o Paraná e Santa Catarina até o final desta semana, coloca em xeque a produção de alimentos como o café, o milho e trigo. Aos empresários dessa indústria vulnerável, resta olhar para o céu e rezar para que os prejuízos não superem o investimento.

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