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Depois de ter sido celebrada como um “milagre econômico”, a Índia na verdade ainda não aconteceu de fato para o mundo globalizado. Mas vai acontecer. Com potencial indiscutível, como também imensurável, o país consome mais, muda seus hábitos alimentares, qualifica e potencializa sua demanda. A Índia do início da década de 90 ainda resiste, com seus costumes e tradições. Mas aos poucos se rende à inevitável relação com o Ocidente e a globalização.

Com um terço do território brasileiro e uma população seis vezes maior, o país avança em produção e produtividade, faz a sua parte e tenta se garantir no abastecimento interno. Mesmo com uma produção próxima a 300 milhões de toneladas, a oferta do terceiro maior produtor mundial está no limite e o país se prepara para entrar de vez no mercado internacional, como um grande comprador. E não é qualquer comprador.

A considerar o aumento da renda – com a ascensão da população à classe média e o crescimento do consumo, não apenas da produção primária, como de produtos mais elaborados –, a Índia terá, em cinco anos, que dobrar a sua disponibilidade de alimentos. Como há limites à produção, não há outra saída que não seja importar alimentos, proteínas animal e vegetal.

Pode ser hoje ou amanhã, como pode levar uma década, mas a Índia vai fazer acontecer como uma grande economia do mundo globalizado. Apesar das dificuldades atuais provocadas pela desvalorização da moeda local, os números do PIB e da balança comercial mostram que a economia indiana está em evolução. Com altos e baixos que seguem as crises internacionais, é verdade. Mas com um potencial que renova a confiança e a aposta em um mercado de 1,2 bilhão de pessoas.

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