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A soja e o milho estão pegando “desvio” em contêineres para atravessar o Atlântico, mostra a reportagem de capa desta edição do Agronegócio. O trajeto até a Ásia fica mais rápido e mais barato que o dos navios graneleiros, aponta o setor logístico.

Desde a apuração das informações sobre o assunto, buscamos mostrar como o Paraná, principal responsável pelo salto nacional no uso de contêineres para exportação de grãos, está formando essa estrutura de embarque. Pontos de embarque instalados no próprio Porto de Paranaguá e no interior abrem essa opção aos exportadores.

As vantagens estão na redução dos custos (o transporte “conteinerizado” de grãos sai pela metade do preço) e da ociosidade (compartimentos que atravessariam os oceanos Atlântico e Índico vazios são ocupados). Ou seja, além dos exportadores, os transportadores marítimos também saem beneficiados.

O desafio agora é justamente o que vem sendo assumido pela cooperativa Castrolanda, com sede em Castro (Campos Gerais): fazer com que as vantagens da exportação em contêineres cheguem ao produtor, à base da cadeia produtiva. A redução no custo de transporte deveria representar elevação nas cotações nas regiões agrícolas, o que ainda não vem ocorrendo.

Outro lado interessante da reportagem é que o transporte em contêineres mostra-se mais atraente diante dos gargalos para o embarque da produção em navios graneleiros. Os problemas de uma rota logística favorecem a outra. Porém, a alternativa tem sua base de sustentação própria. Conforme o setor, o uso das embalagens de aço seria competitivo mesmo com redução das filas no mar.

A inovação é o caminho. Na Argentina, no Porto de Rosário, vem sendo testado um sistema em que o contêiner é despejado de uma vez só no navio graneleiro, num sistema mais rápido que o das esteiras. O que indica que o uso de contêineres no Brasil também não vai parar por aí.

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