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Os produtores de grãos estão colocando na balança risco e oportunidade da produção de soja sobre e soja e chegam a conclusões contraditórias na América do Sul, mostra a edição de hoje do Agronegócio. No Brasil, houve recuo às vésperas o plantio da soja safrinha, que inicialmente foi estimada em um milhão de hectares. No Paraguai, no entanto, o setor seguiu em frente e ampliou a semeadura a mais de 500 mil hectares.

A decisão envolve mais do que os riscos agronômicos e as chances de lucro com a soja. A avaliação que cada região faz da rentabilidade do milho, por exemplo, também exerce sua influência. Em regiões mais restritas, alternativas como o trigo e o feijão entram em cena, tornando as escolhas mais complexas. Ou seja, o cultivo de soja sobre soja representa uma aposta. E a alternância não é uma escolha necessariamente definida pelo excesso de cautela.

Os técnicos que acompanham a Expedição Safra Gazeta do Povo afirmam que, por questões agronômicas, a rotação de culturas desponta como a melhor opção. Porém, num ano de clima oscilante, não estabelecem isso como regra, admitindo que existe a possibilidade de a monocultura oferecer lucros mais expressivos.

O que tem ficado claro é que o plantio ininterrupto de uma mesma cultura tende a ser uma prática eventual. Ou seja, a área da soja safrinha pode cair drasticamente de um ano para o outro, mesmo que a produtividade das lavouras corresponda às expectativas. Basta que outra cultura mostre-se competitiva.

Nesta semana, a Expedição Safra segue para a região Centro-Norte do Brasil, onde os produtores vêm apostando cada vez mais em dois ciclos de cultivo no período de chuvas (setembro a abril). Técnicos e jornalistas vão apurar se o segundo cultivo, que vinha abrindo área para o milho, também reserva espaço para a soja no cerrado nordestino.

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