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O orçamento do Plano Agrícola e Pecuário da agricultura comercial, anunciado há uma semana, e o do Plano Safra da agricultura familiar, confirmado ontem, indicam que não faltará recursos em 2014/15. O caderno Agronegócio vem mostrando a expansão de 14,8% na oferta de financiamentos para custeio e investimento nos dois setores.

A reportagem ouviu produtores e lideranças e verificou que a principal crítica até agora ocorre em relação ao aumento do juro padrão da agricultura comercial – de 5,5% para 6,5% ao ano. Outros pontos são a demora na estruturação do sistema de seguro rural e o excesso de burocracia, soam como batidas na mesma tecla.

O reajuste de dois dígitos prevalece como ponto forte das medidas do governo para estimular a produção na próxima temporada. No ano passado, o reajuste foi de 17,6%, considerando o bolo de R$ 157 bilhões (R$ 136 bilhões da agropecuária empresarial e R$ 21 da familiar, via Pronaf). Nos três anos anteriores, a correção havia sido de 6,2% a 8,4%. Agora, o avanço de 14,8% elevam o valor disponível a R$ 180 bilhões (R$ 156,1 bi e R$ 24,1 bi, respectivamente).

Os juros reajustados representam aumento nos custos não só no curto prazo. Mas, o quadro econômico ajuda, aponta a reportagem de capa desta edição. Principal componente dos custos da soja e do milho, o adubo tem preços atraentes e motiva antecipação nas compras. A tendência é que os gastos diretamente relacionados ao cultivo subam menos que os 14,8% do PAP. São necessárias boas compras para que os custos operacionais fiquem dentro do limite individual de financiamento, elevado em apenas 10%. Aparentemente, é isso que o agronegócio vem fazendo.

O volume de adubo importado indica ainda que a safra será de aposta reforçada. O setor está se preparando bem e deve plantar para produzir o máximo possível. A partir de agora, o desafio passa a ser monitorar as tendências ditadas pela safra norte-americana, o mercado movido pela China e as previsões climáticas.

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