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Os Estados Unidos estão se refazendo depois da seca do ano passado e a América do Sul promete colaborar para a recomposição dos estoques mundiais de soja e milho. O quadro vem sendo confirmado pela colheita norte-americana e pelo plantio brasileiro, mostra a edição de hoje de caderno Agronegócio.

A Expedição Safra Gazeta do Povo passou dez dias no Corn Belt e viu de perto que as colheitadeiras estão registrando marcas surpreendentes para um ano com neve e enxurrada no plantio e com seca no desenvolvimento das lavouras. O país não retorna à linha de crescimento na produtividade, mas deixa para trás a quebra histórica de 2012.

Os estoques finais de milho devem mais que dobrar nos EUA, de 20 milhões para 48 milhões de toneladas, e os de soja podem crescer 28%, de 3,5 milhões para 3,8 milhões de toneladas, aponta a Informa Economics. A expectativa era que um volume maior ficasse armazenado.

Em relação aos estoques mundiais, a consultoria prevê aumento de 20% no milho e de 16% na soja, com apoio da América do Sul. A expectativa é que o volume armazenado chegue a 158 milhões e a 71 milhões de toneladas, respectivamente, o equivalente a um quarto da produção anual. São volumes que, no entanto, também não representam grande folga. São suficientes para o consumo mundial de dois meses na soja e três meses no caso do milho.

Esse quadro será determinante para o rendimento da safra que começa a ser cultivada na América do Sul. Mas, a própria oferta global passa a depender do clima da região, onde Brasil, Argentina e Paraguai lideram a produção de grãos. Confirmada a demanda de países como a China e o Japão e da União Europeia, variações climáticas no Cone Sul, perfeitamente possíveis num ano considera neutro (sem El Niño nem La Niña), vão conduzir os preços.

O Agronegócio continuará monitorando de perto esse cenário de variações nos próximos meses, com viagens regulares pelas regiões agrícolas sul-americanas. A oitava edição da Expedição Safra Gazeta do Povo 2013/14 está apenas começando.

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