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Os gargalos logísticos que encarecem o escoamento da safra e tornam a agricultura brasileira menos competitiva se agravam há décadas. E o caminho das mudanças é tão longo quanto o trajeto de 2,5 mil quilômetros que os caminhões de soja de Mato Grosso percorrem para chegar a Santos ou Paranaguá.

Porém, dimensionar os problemas a todo momento nem sempre ajuda. O agronegócio começa a perceber resultados pontuais, dando um passo de cada vez, mostra a edição de hoje do caderno Agronegócio, com reportagem sobre investimentos privados em infraestrutura que prometem fazer diferença para o Centro-Oeste.

O setor chama para si parte da responsabilidade de estruturar a exportação. São projetos que se tornaram negócio lucrativo na região. Os terminais de embarque de grãos no Rio Madeira, por exemplo, faturam sobre a diferença de custo entre o transporte rodoviário e hidroviário. E esses novos elos do agronegócio abrem oportunidades. Em volta do complexo intermodal de Rondonópolis, instalam-se indústrias avaliadas em R$ 700 milhões.

Essa movimentação permite que o setor não perca de vista seus objetivos. A expectativa é que um dia, com a BR-163 duplicada, o transporte rodoviário seja mais rápido e barato. Que o embarque ferroviário alivie as rodovias e reduza custos. Que os terminais fluviais, em suas áreas de abrangência, anulem boa parte da desvantagem logística das zonas remotas de produção. Esse quadro pode estar distante. Mas, para se chegar lá, já se sabe o caminho.

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