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Fapa possui mais de 230 ha em campos experimentais, espalhados por 12 regiões distintas. |
Fapa possui mais de 230 ha em campos experimentais, espalhados por 12 regiões distintas.| Foto:

O crescimento e desenvolvimento das cooperativas agropecuárias do Paraná também são construídos dentro de laboratórios. Para dar suporte à produção dos campos e pastos e melhorar os atributos para o processamento nas indústrias, o setor investe pesado no elo dedicado à pesquisa. A partir de estruturas que reúnem centenas de funcionários, orçamentos milionários e campos experimentais com dimensões de fazendas, os cooperados têm acesso a estudos com enfoque regional, que reduzem a dependência tecnológica do setor privado.

O trabalho começou junto com a chegada da cooperativa, conta o coordenador da Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária (Fapa), Leandro Bren. No caso da cooperativa de Guarapuava, no Centro-Sul do Paraná, a unidade de pesquisa foi oficializada em 1994, mas já operava desde o início do negócio, nos anos 50. “O foco regional é o principal diferencial. Os grandes grupos nem sempre têm um contato tão próximo com os produtores”, aponta.

Bren explica que a pesquisa dentro da cooperativa é benéfica em todas as pontas da cadeia. “Focamos não só no resultado da cultura, mas também na adequação da produção para as indústrias”, aponta. Atualmente, a estrutura possui orçamento de R$ 7 milhões e reúne 43 funcionários.

Com história semelhante à da Fapa, a Fundação ABC abastece com informações três cooperativas dos Campos Gerais. Gerida coletivamente pelo trio formado por Batavo (Carambeí), Capal (Arapoti) e Castrolanda (Castro), a entidade se tornou “o grande propulsor da região, tanto na produção de grãos quanto na pecuária”, revela o diretor-presidente da fundação, Andreas Los.

Para ele, a imparcialidade das pesquisas feitas pela fundação se converte em outro diferencial para os associados. “O ganho de produtividade é importante, mas aparece como uma consequência”, acrescenta. Hoje, a operação reúne 206 colaboradores e conta com orçamento de R$ 28 milhões.

Já na região Central do estado, em Campo Mourão, a Coamo mantém há quarenta anos uma fazenda experimental que serve de laboratório para os testes de sementes, defensivos, fertilizantes e máquinas. A área de 170 hectares concentra 80 funcionários, e recebe em média 200 experimentos por ano.

Posição assegurada

Mesmo com a perda do elo de biotecnologia, após a venda da Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola (Coodetec) para um grupo multinacional, o setor considera que não há prejuízo. “A participação da Coodetec [no mercado] já era baixa, pois há grandes grupos atuando nesse setor. O principal desafio [da pesquisa cooperativista] é selecionar as tecnologias mais adequadas”, detalha Bren.

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