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As exportações brasileiras de carne bovina, que no primeiro bimestre deste ano ficaram 30% acima do volume registrado no mesmo período do ano passado, devem continuar em alta nos próximos meses. A expectativa da indústria nacional é fechar 2014 com US$ 8 bilhões faturados no mercado externo, valor 40% maior que o registrado nos doze meses de 2013.

Para alcançar essa meta, os exportadores pretendem consolidar as vendas em mercados cativos e também abocanhar parte das regiões de domínio de outros importantes players, como os Estados Unidos, que estão com o menor rebanho dos últimos 60 anos (87,7 milhões de cabeças para corte).

“O Brasil não é um grande competidor em mercados dominados por Austrália e Estados Unidos. Eles ocupam um espaço de carne gourmet que nós ainda estamos procurando, por isso podemos chamá-los mais de parceiros do que concorrentes”, define o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antônio Jorge Camardelli. Ele prevê que os embarques nacionais vão alcançar US$ 8 bilhões e que há mais espaço a ser ocupado.

O analista de mercado Aedson Pereira, da Informa Economics FNP, aponta que as oportunidades estão em países da Ásia, da Europa e da própria América Latina. “Obser-vamos uma ocidentalização dos costumes asiáticos, que tem aumentado o consumo de carne bovina. Até a Índia, que tem o maior rebanho do mundo (mas não comercial) e não exportava começou a entrar no mercado.”

O maior nicho, porém, está no continente com países de grande população. Entre eles, Pereira destaca a China, Japão, Coreia do Sul e Indonésia. “Hoje não conseguimos enviar nem sequer um quilo para esses países”, acrescenta Camar-delli.

Churrasco gratuito abre mercados

Para ampliar as exportações, a indústria brasileira tem ousado em suas estratégias e realizado churrascos gratuitos em grandes eventos de países onde o consumo é crescente. “Obser-vamos que havia muitos intermediadores para abertura de novos mercados. Com esses churrascos nós conseguimos atingir diretamente o varejo de outros países, afirma o presidente da Abiec.

Na última feira da Alemanha, foi consumida uma tonelada de carne em quatro dias, relata Antônio Jorge Camardelli. "É muita carne. Isso sinaliza que tem apelo, tem consumo.”

Outras quatro rodadas de churrasco brasileiro no exterior estão programadas para este semestre (Espanha, Singapura, França e Rússia). “Este é um ano com cozinha positiva para nós”, diz ao ser questionado sobre a interferência da Copa do Mundo no consumo de carne.

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