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Gotejamento economiza água e permite aplicação de fertilizantes líquidos

A safra de café do Paraná, que oscila historicamente de 1,2 milhão a 2 milhões de sacas, deve ter quebra de 60% a 80% em 2014. A colheita tende a se limitar a 400 mil sacas. Além disso, os problemas climáticos devem ter reflexos também em 2015.

O Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Deral/Seab) estimava as perdas em 60% até dezembro e indicava erradicação de 29% dos cafezais do estado. Eram considerados apenas os prejuízos das geadas do ano passado. Com a estiagem de janeiro, os próximos relatórios tendem ampliar em até 20 pontos. A quebra do café se concentra nas áreas sem irrigação, que predominam no estado.

“É uma situação horrível, de baixa produtividade e de baixa qualidade do café que será colhido”, resume o presidente da Associação de Produtores de Cafés Especiais do Norte Pioneiro, Luis Roberto Saldanha Rodrigues.

De acordo com ele, nem mesmo a valorização de preço nos últimos meses vai salvar o setor. “A maior parte dos produtores estava descapitalizada e não investiu em adubação. Do jeito que está, [o cafeicultor] não vai conseguir nem pagar as contas”, diz.

Safra 2015

Além da quebra já consolidada em 2014, a estiagem de janeiro inibiu o crescimento dos ramos que darão origem aos grãos de 2015. Com isso, o setor também antevê perdas de produtividade na próxima safra. Ainda não há estimativas sobre esse impacto.

“Os ramos da próxima safra deveriam ter crescido agora, mas, com a estiagem, as plantas jogaram energia para o enchimento dos grãos e os ramos cresceram menos que o normal. Seria mera especulação falar em percentual, mas é certo que o potencial para 2015 caiu bastante”, conta o responsável técnico por cafeicultura do Deral, Paulo Franzini.

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