“A agricultura do futuro já existe”. Foi com essa afirmação que o professor e pesquisador da Unicamp, José Maria da Silveira, começou sua palestra no primeiro painel da manhã “Agricultura Digital: da Biotecnologia ao Big Data, a Agricultura Moderna e Globalizada”.

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Segundo Silveira, a agropecuária precisa, cada dia mais, buscar uma produção mais sustentável, com ganhos de produtividade. No entanto, “a produtividade por hectare em um país que tem muita terra disponível não significa muita coisa. O que interessa é a produtividade total dos fatores, que significa a capacidade de combinar a melhor utilização dos insumos modernos e práticas gerenciais”, explica Silveira.

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Para o pesquisador, o acesso à tecnologia está diretamente associado à sustentabilidade ambiental, pois aumenta a eficiência no uso dos fatores produtivos. “Houve melhoria da utilização de insumos no Brasil. Nós conseguimos expandir nossa produção de grãos, cereais e carne sem precisar incorporar grandes áreas”, afirma.

Contudo, Silveira faz uma ressalva de que, apesar de a biotecnologia ser uma realidade na agricultura, ela ainda tem muitas limitações para se difundir.

Tecnologia no campo

De 2008 a 2014, o número de usuários na zona rural que acessam à internet móvel passou de 4% a 24%. “Nós temos que pensar como melhorar nossa produção e aumentar nossas exportações usando as novas tecnologias disponíveis hoje. Já vivemos a agricultura 4.0, na qual todos os elementos de uma fazenda, tratores, colheitadeiras e sistemas de suporte à decisão, estão conectados”, ressalta a Chefe Geral da Embrapa Informática Agropecuária, Silvia Maria Fonseca Silveira Massruhá.

Segundo Silvia, a produção agrícola está cada vez mais intensiva em conteúdo digital e a tecnologia da informação e comunicação tem papel estratégico na cadeia produtiva do agronegócio. “As inovações tecnológicas existem para tornar a produção mais eficiente e flexível e a Embrapa trabalha constantemente na transformação digital para melhorar a agricultura e a pecuária brasileira”, afirma.