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Uso de combustível renovável no transporte pesado favorece o cultivo de oleaginosas | Marcelo Andrade/gazeta Doa€‰povo
Uso de combustível renovável no transporte pesado favorece o cultivo de oleaginosas| Foto: Marcelo Andrade/gazeta Doa€‰povo

Um mercado lucrativo e com amplo potencial está se desenhado para Brasil e Argentina. O biodiesel a base de óleo de soja tem consumido parcela considerável da oleaginosa retirada das lavouras dos dois países. Em seis anos, os principais players agrícolas da América do Sul quase triplicaram a produção do “combustível verde”, principalmente de olho na demanda do mercado internacional.

E o mundo está monitorando essa expansão. De acordo com dados da consultoria alemã Oil World, a produção brasileira de biodiesel a base de soja saltou de 850 mil toneladas em 2008 para 1,89 milhão (t) em 2013. A previsão é que o país chegue a 2,16 milhões neste ano.

O cenário é semelhante na Argentina, que elevou a produção do combustível renovável de 710 mil (2008) para 2 milhões de toneladas (2013). Em 2014, a estimativa é bater na casa dos 2,05 milhões de toneladas de biodiesel. São 4,2 milhões de tolenadas junto com o Brasil.

Considerando as projeções para a atual temporada, Brasil e Argentina são, respectivamente, segundo e terceiro colocados no ranking mundial dos maiores produtores de biodiesel a base de soja, atrás apenas dos Estados Unidos, que deve produzir 2,27 milhões de toneladas.

Uso do combustível renovável caminha para 20%

A meta global de incorporar novas fontes de energia à matriz energética coloca o biodiesel como opção para o avanço sustentável da produção de soja. Para Brasil e Argentina, o biocombustível dá margem à expansão das lavouras.

A produção e o consumo de biodiesel estão provocando reflexos na agricultura, por depender da soja. Com cotação menor, a matéria-prima ganha importância. “O grão literalmente tem impulsionado o setor [do biodiesel]”, aponta Leonardo Botelho Zilio, assessor econômico da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

O crescimento é estimulado principalmente pelo mercado global, já que as políticas locais de incentivo são consideradas modestas. Atualmente, os dois países utilizam B7, ou seja, apenas 7% de biodiesel no diesel. Especialistas apontam que os parques industriais de Brasil e Argentina já têm potencial para atender ao B15. Alguns setores da cadeia do biodiesel projetam que o B20 poderia ser implantado em poucos anos.

Bioeconomia

Os anseios e projeções da cadeia do biodiesel estão em discussão no Fórum de Agricultura da América do Sul (dia 28, às 9 horas). O painel “O Futuro da Bioeconomia — Biotecnologia e bioenergia a serviço do campo e da cidade” tem como palestrantes Hugo Molinari, pesquisador da Embrapa Agroenergia, e Pedro Luiz Fernandes, presidente da Novozymes para a América Latina.

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