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Principal produtor de trigo do Mercosul, a Argentina vê nas políticas nacionais um obstáculo para o crescimento da atividade. Atualmente, 35% do resultado das lavouras são recolhidos pelo governo, enquanto o mesmo percentual fica com o dono da terra (70% da produção de grãos estão em propriedades arrendadas). Apenas 30% sobram para o produtor para pagar os custos de produção e tirar o seu sustento.

“O trigo, que antes era um negócio rentável, hoje se tona inviável. A atividade gera prejuízo para o empresário. Essa é a realidade”, destacou Marcelo Girardi, do Grupo Sancor, da Argentina, durante o painel “Cereais de Inverno – Oportunidades regionais em um mercado globalizado”, na manhã desta quinta-feira (27) no 2º Fórum de Agricultura da América do Sul.

Ainda de acordo com o executivo, o custo de produção do cereal de inverno no país vizinho gira em torno de U$ 150 por hectare. A produção média está na casa dos 3 mil toneladas por hectare, sendo que as regiões mais produtivas chegam a 6 mil toneladas por hectare.

A expectativa é de que a Argentina colha 10,5 milhões de trigo na atual safra. O excedente que não é utilizado pelo mercado local é vendido para as indústrias do Brasil. O imposto de 22% para exportação é outro desafio para o setor.

Rússia

Na Rússia, o cenário do trigo é o oposto. Após uma reestruturação que começou há 10 anos, o país tem registrado aumento nas exportações. A projeção é vende 77 milhões de toneladas do cereal no mercado mundial esse ano.

“Após a reestruturação do setor, privatizações e o apoio do estado, a Rússia se especializou em vender trigo original. E está registrando sucesso na exportação desde 2000. Agora, o país faz isso agressivamente”, apontou diretor de pesquisa de mercado do Instituto da Rússia para Estudos do Mercado Agrícola (Ikar), Dmitry Rylko. Ele também participou do painel sobre cereais de inverno.

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