Estande mostra nova variedade de milho. Pesquisas buscam resistência à geada e à seca| Foto: Divulgaa§a£o
Relatório do Usda desta segunda-feira deve trazer alterações nos números de produção e consumo tanto nos EUA como no mundo 
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A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), irá utilizar uma área de oito mil metros quadrados para apresentar variedades e tecnologias referentes às culturas da soja, feijão, milho, sorgo e forrageiras. Serão cerca de 20 cultivares e 10 tecnologias desenvolvidas nos 18 centros nacionais da Embrapa reunidas em um só local.

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“É preciso pensar em um sistema produtivo mais amplo. O produtor sempre espera que as novas tecnologias resultem em uma produção maior”, aponta a pesquisadora da entidade Divania de Lima.

Para o líder de Marketing para sementes de milho da multinacional Dow AgroSciences, Aldenir Sgarbossa, o critério adotado pelos produtores funciona como um espécie de seleção natural. “O requisito é que o produto seja mais produtivo do que o que já existe no mercado. Importante ter vários híbridos que encaixem tanto em áreas de geada como de seca”, ressalta.

Os organizadores da feira orientam os produtores a reservar mais de um dia para conhecer os estandes e conversar com os técnicos que apresentam os novos materiais genéticos. “Quem frequentar a feira a semana inteira terá o que descobrir todos os dias”, garante o coordenador-geral do Show Rural Coopavel, Rogério Rizzardi.

Colaborou José Rocher

Monsanto mantém royalty em R$ 115. Setor aguarda resultado da colheita

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A soja Intacta RR2 PRO, que teve estreia no plantio em escala comercial nesta safra, terá o valor do royalty e a forma de cobrança mantidos para a próxima temporada. De acordo com a multinacional Monsanto, detentora da tecnologia, o valor de R$ 115 por hectare e o pagamento no momento da compra da semente irão permanecer na safra 2014/15.

“O valor cobrado se justifica pelo ganho de produtividade, calculado em seis sacas por hectare na comparação com outras sementes”, explica o gerente de Biotecnologia soja da empresa, Guilherme Lobato. Para o assessor da presidência da Federação da Agricultura do Estado do Paraná, Carlos Augusto Albu­querque, a multinacional deveria esperar. “Os testes foram em alguns talhões. Não sabemos a produtividade real. O ideal seria aguardar a colheita”, ressalta.

Apesar dos números ainda não estarem consolidados, a estimativa é que 10 mil produtores tenham plantado cerca de 1,2 milhão de hectares em todo o Brasil com a tecnologia na safra que está sendo colhida. Os técnicos da Monsanto monitoram as lavouras de 4 mil agricultores.

Destaques

Conheça algumas variedades lançadas durante o Show Rural Coopavel.

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- Soja BRS 359RR (Embrapa) – Cultivar transgênica de ciclo precoce, possui crescimento indeterminado e alto potencial produtivo. A variedade é indicada para as regiões Norte, Oeste e Noroeste do Paraná, regiões Sul e Centro-Sul de Mato Grosso do Sul e para o Vale do Paranapanema, em São Paulo.

- Milho VT PRO MAX RIB Completo (Monsanto) – Recomendado para plantio nas áreas de safrinha no Paraná. A tecnologia possui três proteínas diferentes para ação contra as cinco principais lagartas: cartucho, broca-do-colmo, espiga, elasmo e rosca.

- Soja CD 202IPRO (Coodetec) – Cultivar aliada à tecnologia Intacta RR2 PRO, que garante proteção contra as principais lagartas da cultura e possui tolerância ao glifosato.

- Milho 2B610PW (Dow AgroSciences) – Opção para regiões com necessidade de sanidade de grão associada a precocidade. Variedade utilizada para verão e safrinha.