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A seca registrada nas últimas safras tem promovido mudanças no cenário do Sudoeste de São Paulo. Sem ajuda de São Pedro, produtores da região investem em pivôs para garantir a umidade necessária para o desenvolvimento das plantas. Ao longo dos 800 quilômetros que percorreu pelo estado na última semana, a equipe da Expedição Safra contabilizou dezenas de sistemas de irrigação funcionando a todo vapor, inclusive no período da noite.

“Muita gente está instalando porque quer produzir sem correr riscos”, conta Sandro José Abreu, superintendente da Coopermota, cooperativa de Cândido Mota.

Na fazenda Catingueiro, em Itaberá, sete pivôs espalhados pela propriedade garantem água aos 1,4 mil hectares de soja e milho. De acordo com o gerente da fazenda, José Oiraziu Pereira, o sistema instalado há cinco anos faz a diferença na hora da colheita. “Ficamos 20 dias sem chuva , mas não tivemos perdas porque os pivôs não param”, comemora. A expectativa é colher 61 sacas (3,66 mil kg) de soja e 206 sacas (12,36 mil kg) de milho por hectare. “Com água garantida, conseguimos fazer 2,5 safras por ano. Nossa intenção é colocar mais pivôs na propriedade”, diz Pereira.

Apesar dos benefícios , o uso indiscriminado da água tem gerado alguns ‘efeitos colaterais’ indesejados. “Há 10 anos, o Rio Taquari tinha dois metros de profundidade e era navegável. Hoje está com 50 centímetros”, alerta o presidente do Sindicato Rural de Itaberá, José Mariano,.

Segundo Mariano, 10% dos produtores de Itaberá têm pivôs, o que representa 50% dos 22 mil hectares produtivos da região. “O pivô é uma forma de precaução [com o clima]. Mas precisa fazer o uso de forma correta”, ressalta.

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