Apesar dos investimentos em adubo, plantas apresentam raízes curtas, o que dificulta a busca por água no fundo da terra.| Foto:
Palhada protege o solo e ameniza quadro de déficit hídrico.
Lavouras plantadas entre agosto e setembro começam a sentir falta de água.
Lavouras com sistema de irrigação driblam a seca no Paraguai.
Após longo período de estiagem, terra perde umidade e ameaça produtividade.
Lavouras plantadas entre agosto e setembro começam a sentir falta de água. Fotos: Christian Rizzi / Gazeta do Povo 
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As lavouras de soja do Paraguai precisam de chuva dentro de no máximo uma semana, para sustentarem as médias de produtividade esperadas pelos produtores, que passam dos 4 mil quilos por hectare no verão (66 sacas por hectare) e de 2 mil quilos (33 sacas por hectare) no segundo ciclo. A Expedição Safra Gazeta do Povo, que percorre a região da "meia lua" de cultivo, no Leste do país, durante esta semana, constatou ainda que algumas lavouras  começam a florescer, fazendo frente às plantações da América do Sul.

Após longo período de estiagem, terra perde umidade e ameaça produtividade. 
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Com dois meses, as áreas implantadas no final de agosto estavam se desenvolvendo bem, até que as chuvas pararam de cair três semanas atrás. Outubro normalmente é um mês chuvoso no Paraguai, mas neste ano as condições climáticas se invertem. Sem sinal de calor e falta de água, só as lavouras irrigadas, destinadas à produção de sementes, estão ilesas.

Palhada protege o solo e ameniza quadro de déficit hídrico. 

A meta de atingir colheita de 10,5 milhões de toneladas e exportações de 5,5 milhões de toneladas de grãos ainda pode ser atingida, caso as precipitações previstas para a próxima semana se concretizem.

As previsões da meteorologia, porém, tem mudado constantemente.Os prognósticos atuais indicam que as chuvas mais "volumosas", de 15 milímetros, devem chegar ao Sul do Paraguai na próxima quarta-feira (29). Antes disso, deve haver somente pancadas, que ficam concentradas ao Norte e Centro do país.

Lavouras com sistema de irrigação driblam a seca no Paraguai. 
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Talvez mais grave do que as condições climáticas, são as cotações da soja, que passavam de US$ 400 por tonelada e agora não chegam a US$ 300, e a tendência de baixa predomina entre os analistas. Os produtores paraguaios ainda esperam uma reviravolta no mercado. Raros são os casos de venda antecipada.