Aves habitam lagoas usadas na irrigação do milho na região de Cruz Alta (RS) são habitadas. O Rio Grande do Sul tenta ampliar as áreas irrigadas, mas projetos para áreas de menos de 50 hectares ainda são considerados inviáveis.| Foto: Christian Rizzi/gazeta Do Povo
Verde, amarelo e azul formado por uma lavoura de soja, uma área de milho que acaba de ser colhida para silagem e o céu de um dia ensolarado em Ibirubá (RS). Secas frequentes tornam produção de grãos insuficiente para manter famílias de pequenos produtores no campo. Silagem é usada para alimentar gado de leite, que dá um limite ao êxodo rural.
O produtor Roberto Durigon espera há um ano autorização para instalar sistema de irrigação em Cruz Alta. Demora na avaliação dos projetos pelos órgãos ambientais é apontada como um dos principais entraves para investimentos que aproveitam água de rios e barragens.
Ferrovias gaúchas usadas no escoamento de grãos levam cargas para Cruz Alta (RS), de onde a produção segue para o Porto de Rio Grande. Percurso demora três dias por estradas antigas e sinuosas e atende grandes exportadores. Produção de regiões importantes como a de Passo Fundo depende de caminhões.
Viagem segue nesta semana pelo Paraná. Na foto, o jornalista José Rocher e os agrônomos Fábio Ruas Pereira (Caixa Econômica Federal), José Hess (Faep) e Ramiro de Castilho (UPL)
Depois do milho, áreas irrigadas recebem feijão. O preço das terras subiu tanto no Rio Grande do Sul que o cultivo de três safras anuais está se tornando regra. E só irrigação garante boa produção o ano todo.
Os agrônomos José Hess (Faep), Alexandre Sicchieri (UPL), o jornalista José Rocher (Gazeta do Povo) e o administrador Gustavo Trentini (Seara). Produção e logística do Rio Grande do Sul atraem investimentos.
Uma leiteria com 20 vacas fatura cerca de R$ 15 mil ao mês em Ibirubá. Atividade torna propriedades de menos de 50 hectares lucrativas e dá tanto trabalho quanto o cultivo de grãos nessas áreas.
Em Abelardo Luz (Oeste de SC), o produtor Anildo Fioreze escolhe feijão para consumo próprio. “A bóia está garantida”, disse à Expedição, cercado por lavouras de soja que esperavam chuvas na última semana.
Cooperativa C. Vale prepara estrutura de recebimento de sementes do Oeste de Santa Catarina, que atendem produtores no estado, no Paraná, em Mato Grosso do Sul e no Paraguai.
Em Xanxerê, o produtor Valmor Fabiane, cooperado da Lar, espera colher 70 sacas de soja por hectare. Ele volta neste ano à corrida para elevar a produtividade do grão. Duas safras atrás, alcançou 69 sc/ha, mas no ano passado registrou apenas 29 sc/ha, devido à falta de chuva.
No percurso por RS e SC, a Expedição verificou que a região que mais sofreu com falta de chuva em janeiro foi a de Campos Novos, onde houve replantio e há lavouras debilitadas. O município terá chuvas regulares na próxima semana, conforme as previsões meteorológicas.
O jornalista Christian Rizzi fotografa o agricultor Sidnei Langaro, em Passo Fundo (RS). Segundo o produtor, safra teve alto investimento na região, numa tentativa de o setor elevar a produtividade e ampliar o rendimento de uma safra de preços elevados.

A produção brasileira de grãos se estruturou primeiro no Sul, mas Rio Grande do Sul e Santa Catarina ainda enfrentam problemas no campo e no escoamento, apurou a Expedição Safra. Veja sequência de fotos que mostra desafios da região, que se revelam no cenário inconfundível do Sul agrícola.

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