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| Foto: Daniel Castellano/Agência de Notícias Gazeta do Povo

O Vale do Piranga, uma microrregião formada por 16 municípios dentro da Zona da Mata mineira, é responsável por 30% da produção de suínos de Minas Gerais, que em 2015 foi de 400,1 mil toneladas, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal. Lá existem mais de 200 suinocultores, quase todos independentes.

Em Ponte Nova, uma das maiores cidades da região, em um mesmo endereço, funciona uma associação e uma cooperativa, que juntas caminham lado a lado na busca por inovações tanto na área técnica quanto na de mercado.

Criada em 1998, a Cooperativa dos Suinocultores de Ponte Nova e Região (Coosuiponte) nasceu de dentro da Associação dos Suinocultores do Vale do Piranga (Assuvap), fundada em 1980. Enquanto a primeira auxilia os produtores na compra de insumos, medicamentos e outros produtos para as granjas, a segunda funciona como um braço político e de mobilização.

Segundo a gestora executiva da Assuvap, Paula Gomides, ao longo dos anos de 1980, a suinocultura na região se profissionalizou, o que demandou mais organização e voz por parte dos produtores. Foi aí que nasceu a associação. Hoje, explica Paula, ela tem mais de 110 associados e promove ações que vão desde promoções da carne suína em escolas até informações técnicas de novidades para os produtores.

A Coosuiponte nasceu como um clube de compras. No ano de fundação, ela tinha apenas 22 produtores com 22 mil matrizes. Atualmente são 114 suinocultores com 78 mil matrizes. Segundo o agente de relacionamento da Coosuiponte, Leandro Moreira, a cooperativa faturou R$ 58 milhões no ano passado. “Nós fazemos compras sob demanda. Os produtores juntam um grupo e procuram grãos, nós intermediamos as compras. Mas não fazemos a entrega”, explica.

De acordo com Moreira, a Coosuiponte é gerida por cinco diretores eleitos. Cada produtor cooperado tem voto, independente do número de matrizes. Segundo ele, tanto a associação quanto a cooperativa são ferramentas fortes que auxiliam os produtores da região. “No começo é difícil, há muita desconfiança, mas depois que o produtor vê o resultado, ele se anima. E isso só fortalece a cadeia”, conta.

Segundo Paula Gomides, mesmo que a associação e cooperativa estejam no mesmo endereço, os CNPJs são diferentes e o trabalho também. “O objetivo é o mesmo, ajudar o produtor e a suinocultura, mas as atuações são diferentes”.

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