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Frente Nacional de Luta é liderada por José Rainha Júnior, que foi expulso do MST
Frente Nacional de Luta é liderada por José Rainha Júnior, que foi expulso do MST| Foto: Divulgação / FNL

O movimento Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), chefiado pelo dissidente do Movimento dos Sem-Terra, José Rainha Júnior, promoveu uma série de invasões a propriedades rurais do Oeste de São Paulo no período de carnaval. Desde sábado (18), nove fazendas foram invadidas nos municípios de Marabá, Presidente Epitácio, Mirante do Paranapanema, Rosana, Sandovalina, Presidente Venceslau e Teodoro Sampaio.

Pelas redes sociais, o grupo diz que as ocupações ocorrem em “terras que já foram reconhecidas como públicas pela Justiça, porém ainda permanecem abandonadas sem cumprir seu uso social”. A FNL cobra agilidade nos trâmites do Incra para desapropriar novas áreas.

Em nota, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de São Paulo (Aprosoja-SP) repudiou as ocupações e conclamou as autoridades a atuarem “de maneira firme e contundente no sentido de desmobilizar as invasões e criminalizar os líderes e demais envolvidos nestes atos que atentam contra o Estado Democrático de Direito”.

Proprietários expulsaram invasores em Rosana

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Pedro Lupion (PP-PR) classificou os atos como crime: “O direito de propriedade está previsto na Constituição. Em uma semana já foram mais invasões que em todo o governo anterior”. “O Incra tem 90 milhões de hectares de áreas de assentamento e 110 milhões de hectares de áreas da União que podem ser usadas para a reforma agrária. Não tem cabimento! Nós, produtores rurais, queremos saber que atitudes o governo vai tomar e o que será feito sobre essa barbárie”, escreveu o deputado.

Em uma das fazendas invadidas, em Rosana, os proprietários reagiram e retiraram por conta os invasores. Três veículos foram atingidos por disparos de arma de fogo. A situação é monitorada pela Polícia Militar de São Paulo. José Rainha Júnior liderou ocupações de terras na região do Pontal do Paranapanema nas décadas de 80 e 90 e chegou a ser condenado a 31 anos de prisão por extorsão, formação de quadrilha e estelionato, mas apelou e responde em liberdade.

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