, idealizada para escoar a produção agrícola do Oeste do Paraná, empresa não transporta nem 5% da safra da região| Foto:

Principal agente do corredor ferroviário entre a Região Oeste do Paraná e o Porto de Paranaguá, a Ferroeste busca aproveitar o bom momento do agronegócio para sair do vermelho. Depois de encarar prejuízos e queda no faturamento desde 2009, a companhia se articula para melhorar seu desempenho em 2013. A cessão de novas áreas no Terminal de Cascavel tenta atrair investidores e ampliar o escoamento de grãos – principal carga no local.

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Um edital que deve ser divulgado ainda este mês vai disponibilizar cerca de 40 hectares para o setor privado no terminal . Segundo o presidente da Ferroeste, João Vicente Bresolin Araújo, o espaço atendia ao governo e estava ocioso. “Vimos essa possibilidade de atrair ativos e alavancar os investimentos, mas não queremos especulação imobiliária”, explica.

Dentre os pré-requisitos para a seleção está a obrigação de atuação no setor agrícola e o compromisso em transportar um volume mínimo de carga anualmente. Em 2012, já havia sido feita uma ação similar, atraindo investimentos da Cotriguaçu (grupo que congrega as cooperativas C.Vale, Coopavel, Copacol e Lar), na ordem de R$ 50 milhões, e da AB Agrobrasil, no valor de R$ 21 milhões.

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Investidor

A Coopavel, já instalada no terminal, demonstrou interesse na nova área. “O projeto ainda está sendo feito, mas investir em ferrovias é nossa única alternativa, pois o custo logístico é menor”, explica Dilvo Grolli, presidente da cooperativa. O empresa possui indústrias de adubo e calcário no local, e deve investir na ampliação de armazéns.

Outra aposta para melhorar o fluxo das locomotivas da Ferroeste é a parceria que está sendo firmada com a América Latina Logística (ALL). Atualmente as cargas carregadas no Terminal de Cascavel podem ser conduzidas apenas até Guarapuava. Lá, é necessário transferir os produtos para trens da ALL, que concluem o trajeto até o Porto de Paranaguá. Com o acordo, os vagões da Ferroeste poderão trafegar até a região de Ponta Grossa, explica Araújo.

“A própria ALL propôs esse acordo, pois percebeu o potencial do Oeste. Isso vai aumentar nossa capacidade de tração”, sustenta. Para o acordo ser sacramentado, falta apenas a instalação de um dispositivo de segurança nas locomotivas, salienta.

Passivo

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Com as mudanças, a direção da Ferroeste espera aproveitar a perspectiva de safra recorde no estado e ampliar o volume transportado, além de melhorar a equalização entre receitas e custos. “No ano passado, tínhamos apenas três locomotivas disponíveis. Agora teremos sete. Provavelmente vamos fechar no azul, mas ainda não será possível recuperar o prejuízo do passado”, avalia Araújo, mencionando o passivo superior à R$ 10 milhões que foi acumulado nos últimos dez anos.