O Porto de Santos deve encerrar 2015 com uma movimentação de cargas de cerca de 119 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 7,1% ante 2014 (111,1 milhões de toneladas). Para as exportações está previsto um aumento de 13,1% em relação à 2014 e para as importações uma retração de 6,4%.

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Diante do cenário econômico nacional e internacional esperado para 2016 e com base nas informações fornecidas pelos terminais portuários, projeta-se para o próximo ano um movimento em torno de 119,6 milhões de toneladas, um crescimento de 0,5%.

Em nota, o diretor presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que administra o complexo portuário santista, Alex Oliva, afirmou que o porto “demonstrou em 2015, mais uma vez, o seu desempenho diante de situações adversas, sustentado por seu histórico vínculo com o agronegócio brasileiro e na maturação dos significativos investimentos públicos e privados viabilizados nos últimos anos”.

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O volume anual de milho embarcado pelo Porto de Santos deve atingir a marca recorde de 14,759 milhões de toneladas em 2015. Isso significará um avanço de 66,5% em relação ao ano anterior (8,864 milhões de toneladas), impulsionado pela valorização do dólar. Com a expectativa de uma safra brasileira menor no próximo ano, a coordenadoria do porto estima uma retração de 7,6% nos embarques de milho em 2016 (13,630 milhões de toneladas).

A soja perdeu para o milho a vice-liderança entre as cargas mais movimentadas no porto santista. Para o ano, a expectativa é totalizar os embarques em 13,152 milhões de toneladas, alta de 4,7% ante o resultado obtido em 2014. As estimativas apontam que em 2016 serão embarcadas 13,9 milhões de toneladas de soja em grãos, crescimento de 5,3% em relação ao estimado para 2015 (13,2 milhões t).

Sobre o farelo de soja, para 2015 a estimativa é que as exportações do produto alcancem 4,524 milhões de toneladas, incremento de 16% sobre o resultado de 2014. Para 2016, estima-se crescimento de 7,1%, atingindo 4,620 milhões de toneladas.

No caso do açúcar, principal commodity agrícola exportada via Santos, a expectativa é que o resultado anual fique em torno de 16,188 milhões de toneladas, alta de 2,9% em comparação com 2014. A perspectiva de movimentação do produto para 2016 também é de crescimento.

Nos embarques de líquidos a granel, a expectativa é de que a exportação de álcool em 2015 deverá apresentar crescimento de 28,4% em relação a 2014, totalizando 1,693 milhão de toneladas. O cenário para o setor sucroalcooleiro está mais promissor com o ciclo de alta nas cotações de açúcar no mercado internacional, em consequência do déficit da safra, afirmou a coordenadoria do porto.

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Essa conjuntura contagiou, ainda mais, o setor alcooleiro que já estava em alta com a forte demanda doméstica. Embora a maior abertura do mercado norte-americano ao etanol de cana seja o grande responsável pelo expressivo crescimento dos embarques em 2015, o Brasil não deve se beneficiar muito mais em 2016. Diante deste cenário e do forte crescimento observado em 2015, estima-se que em 2016 haverá um aumento moderado dos volumes exportados de álcool por intermédio do Porto de Santos, devendo ficar próximo ao patamar de 1,727 milhão t, crescimento de 2,0%.

As exportação de suco cítrico pelo complexo santista deve atingir volume próximo a 2,018 milhões de toneladas em 2015, cerca de 2,3% a mais do que em 2014. Após um recuo de 15% entre 2014 e 2015, resultado da queda do consumo global com a substituição por outras bebidas, o consumo mundial de sucos aponta para uma recuperação em 2016.

Considerando essa expectativa de ajuste adequado da oferta à demanda e uma taxa de câmbio benéfica às exportações brasileiras, estimamos um crescimento de 7,8% nos embarques do produto em 2016.