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Produtor de leite Marcos Antonio Gea Paulino e sua esposa Vanessa e a filha Luana, trabalhando na ordenha de suas 25 vacas. | Arnaldo Alves/ANPr
Produtor de leite Marcos Antonio Gea Paulino e sua esposa Vanessa e a filha Luana, trabalhando na ordenha de suas 25 vacas.| Foto: Arnaldo Alves/ANPr

Marcos Antônio Gea Paulino, de 29 anos, mora na cidade de Iporã, Noroeste paranaense. O - hoje - produtor independente sempre ajudou o pai, que lidava com a avicultura. Há dez anos, porém, ele ganhou quatro alqueires de terra e decidiu mudar de ramo, partindo para a produção de leite. No começo, tinha apenas dois animais; hoje são 42.

“A decisão de trabalhar com a atividade foi a renda. Como a área é pequena, conseguimos aproveitá-la melhor com a produção de leite”, afirma o produtor.

Marcos Paulino – que estudou até o sétimo ano do ensino fundamental– foi se profissionalizando com o tempo: fez cursos de inseminação artificial, melhoramento genético e manejo de ordenha, por exemplo. Dessa maneira, além de ter acesso a financiamentos e participar de projetos governamentais para conseguir recursos e incentivos, ele mesmo faz a inseminação artificial dos animais da propriedade. O resultado são vacas de alta performance para melhorar cada vez mais o rebanho e a produção de leite.

Atualmente, a fazenda trabalha com 10 mil litros de leite por mês, com 20 animais adultos em produção. A ordenha – que era manual – passou a ser automatizada. E o leite tem destino certo: uma cooperativa próxima à Iporã. “Eu recebo o mesmo valor de quem tem quantidade. E toda essa parte de acompanhamento dos técnicos e assistência contribui muito para que eu consiga ter um leite de qualidade e ser modelo nessa área”, comemora.

Desde 2012, o engenheiro agrônomo da Emater, Rafael Meier de Matos, presta assistência a Marcos Paulino por meio do programa Leite Mais Arenito, do governo estadual, que já investiu R$ 4 milhões na cadeia leiteira do Noroeste. Para o especialista, a vantagem das visitas para o produtor é que ele passa a usar a propriedade de maneira mais eficiente, melhorando a qualidade do produto e fidelizando a indústria. Os técnicos orientam a atividade desde a parte de pastagem, produção de alimentos, sanidade e alimentação até a orientação para obtenção de crédito rural e programas de incentivo. “Hoje nosso leite é referência em qualidade”, completa o produtor.

Produção paranaense

A produção de leite no Paraná cresceu 72% nos últimos 10 anos. De acordo com dados do último levantamento feito pelo IBGE, de 2006 a 2015 a produção leiteira do Estado passou de 2,7 para 4,6 bilhões de litros/ano. O Paraná lidera a produção leiteira entre os estados do Sul e a perspectiva é crescer ainda mais.

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