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Autoridades norte-americanas abriram um chamado nacional para recolher produtos de carne bovina nesta terça-feira (4), após centenas de pessoas apresentarem sintomas de salmonela.

A divisão de Sanidade Alimentar e Inspeção de Serviços do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos acredita que o total de carne contaminada pode chegar a 5,5 milhões de quilos. Segundo Centros de Controle e Prevenção de Doenças relatam, casos já foram reportados em 25 estados.

O ‘recall’ inclui marcadas como JBS, Kroger e Laura’s Lean. De acordo com nota da divisão de Sanidade Alimentar e Inspeção de Serviços, “os itens incluem uma série de produtos, incluindo carne moída, embalados em várias datas entre os dias 26 de julho e 7 de setembro de 2018”.

A JBS Telleson, uma das marcas da multinacional brasileira, anunciou o primeiro recolhimento de carne contaminada em outubro.

Agências federais e estaduais seguem a investigação do surto de salmonela, já identificado em 250 casos em diferentes locais entre julho e setembro.

A agência nacional alerta aos consumidores que verifiquem os produtos no momento da compra, e que recomendem as pessoas que compraram os produtos a não consumi-los, jogá-los fora ou devolvê-los ao local de compra.

Sintomas de salmonela

Os sintomas mais comuns da doença incluem diarreia, dores abdominais e febre entre 12 a 73 horas após o consumo de um produto contaminado, segundo alerta da autoridade sanitária, que também recomenda aos cidadãos a procurar unidades de saúde se apresentarem os sintomas.

O ‘recall’ desta terça-feira acontece depois de um surto de salmonela ocorrido no período do feriado de Ação de Graças, nos Estados Unidos, ligado ao consumo de carne de peru cru. No início deste ano, uma pessoa morreu e outras 17 foram diagnosticadas com a doença devido ao consumo de carne de frango contaminada.

JBS troca comando da empresa

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Pouco mais de um ano após assumir a presidência-executiva da JBS, o fundador da companhia, José Batista Sobrinho -conhecido como Zé Mineiro- deixa o cargo, que será ocupado por Gilberto Tomazoni, hoje diretor global de operações da JBS.

O anúncio da sucessão foi feito nesta terça-feira (4).

Zé Mineiro, aos 84 anos de idade, foi escolhido para o cargo pelo conselho de administração da JBS em setembro de 2017, para substituir o filho Wesley Batista, que comandava o grupo mas havia sido preso dias antes.   

Tomazoni assume com o discurso de que sua entrada representa um avanço da companhia na direção de melhores práticas de compliance (conformidade com leis e regras de concorrência). 

“Eu não sou a pessoa da JBS. Eu sou uma pessoa de mercado. Estou na JBS há 6 anos e tenho 36 de experiência. O que está aí é fruto do que eu ajudei a construir. Os resultados estão aí, as coisas boas e as que ainda podemos fazer de melhor”, disse à reportagem. 

No mês passado, a empresa divulgou resultado trimestral mais forte do que o esperado com a força de suas operações de carne bovina no Brasil e nos Estados Unidos, levando as ações da companhia a subirem quase 8%.

A JBS vive um esforço para virar a página após as investigações envolvendo a família fundadora, dos irmãos Wesley e Joesley Batista, e diferentes empresas do conglomerado do qual a JBS faz parte, em particular a holding J&F.

Tomazoni diz que pretende “reforçar é a questão da imagem da empresa, da reputação, do compliance, da governança” e que “o foco é crescer em alimentos processados de marcas”. 

“Temos um esforço com Plumrose, Seara e Pilgrim’s. Nós vamos crescer e para isso vamos continuar com um investimento muito forte em inovação e qualidade dos produtos”, afirmou.

Na JBS há seis anos, Tomazoni ingressou como presidente global do negócio de aves. Comandou a formação da Seara Alimentos. Em 2015, assumiu a presidência global de operações e, desde 2017, é o COO (diretor de operações) global da JBS. Desde 2013, preside o conselho da Pilgrim´s Pride Corporation.

Ates disso, atuou por 27 anos na Sadia, desde trainee até diretor-presidente, e foi vice-presidente da Bunge Alimentos por três anos.   

Questionado sobre futuras aquisições, o novo presidente da empresa preferiu não comentar. O jornal Valor Econômico informou no mês passado que a empresa americana de carne de frango Pilgrim’s Pride, da JBS, mantinha interesse na aquisição de ativos da BRF na Europa e na Tailândia. 

“Eu sou o presidente do conselho da Pilgrim’s. Não posso comentar. A Pilgrim’s é uma empresa independente, tem uma governança própria, e tem tomado suas decisões com autonomia”, disse. 

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