“O Brasil é um fornecedor seguro de alimentos e insumos”, destacou. o presidente da China| Foto: EGC/LIM/EDGARD GARRIDO

O presidente da China, Xi Jinping, afirmou nesta sexta-feira (1°) que vai ampliar o número de plantas frigoríficas para a importação de carne brasileira. O anúncio foi feito em reunião bilateral com o presidente Michel Temer, na sede do governo chinês. Segundo ele, a China pretende aumentar a compra de produtos bovinos, suínos e avícolas ainda neste ano.

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Ao todo, o Brasil apresentou à China uma lista de mais de 80 plantas frigoríficas que ainda não exportam para o mercado chinês, que é o principal importador da carne bovina brasileira.

Na reunião, Xi Jinping não detalhou, contudo, a dimensão da abertura comercial, mas o governo brasileiro espera que o valor exportado anualmente possa dobrar.

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“O Brasil tem exportado em torno de R$ 17,5 bilhões de produtos para a China por ano, sendo que R$ 1,7 bilhão é de carne. A gente acha que com essa liberação pode até duplicar esse valor”, disse o ministro da Agricultura, Blairo Maggi.

O mercado de alimentos foi o principal tema da reunião entre os dois países. Em tom bem-humorado, o presidente chinês disse que gosta do produto nacional e que é “um garoto-propaganda” da carne brasileira.

“Eu faço publicidade da carne brasileira. Sempre digo que ela é uma das melhores do mundo. Como o grão do Brasil é bom, a carne é boa”, disse.

Em discurso, o presidente brasileiro ressaltou que o país tem superado a atual crise econômica e criando um ambiente seguro para que empresas chinesas realizem investimentos.

“O Brasil é um fornecedor seguro de alimentos e insumos”, destacou.

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O peemedebista disse ainda que os dois países têm resistências a protecionismos comerciais, visões semelhantes sobre regras de controle e podem trabalhar em conjunto pela estabilidade do mundo.

Após o encontro, o presidente chinês ofereceu um jantar à comitiva brasileira. Durante a reunião, Temer entregou a Xi Jinping uma camiseta da seleção brasileira de futebol assinada por Pelé.

Ao todo, o governo brasileiro fechou entre acordos comerciais e memorandos de intenção iniciativas que totalizam US$ 9,9 bilhões.

Bloqueio

A cobertura da imprensa brasileira do encontro entre os dois presidentes foi limitada ao máximo pelo governo chinês.

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Além de ter impedido os jornalistas de acompanhar uma cerimônia de homenagem aos heróis socialistas, a segurança chinesa não permitiu que a imprensa brasileira esperasse o encontro na entrada do Palácio do Povo.

Os jornalistas foram obrigados a esperar no carro oficial do Palácio do Itamaraty e, após insistência do governo brasileiro, foram levados a uma sala de imprensa improvisada.

A imprensa brasileira também não pôde acompanhar o jantar oferecido ao governo brasileiro.