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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciou nesta quinta-feira que os exames feitos em 49 bovinos suspeitos de estarem contaminados com a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), doença conhecida como "síndrome da vaca louca", deram resultado negativo.

Depois que uma vaca foi sacrificada em Mato Grosso na última semana com suspeita da doença, uma varredura foi feita por técnicos da pasta e autoridades sanitárias do estado. De acordo com a nota do Mapa, foram investigadas 11 propriedades onde esteve a vaca sacrificada. Depois que mais de 4 mil animais foram inspecionados, 49 foram selecionados, por terem nascido um ano antes ou um ano depois da vaca que levantou a suspeita. Para estes casos, a recomendação internacional prevê a destruição desses animais – o que ocorreu no dia 25 de abril.

Ainda assim, o serviço sanitário também submeteu amostras encefálicas coletadas de todos os exemplares ao teste de EEB. Todos os resultados foram negativos para a doença. “Isso demonstra de forma inequívoca que o animal identificado é um caso isolado e não representa risco algum para a sanidade animal e à saúde pública”, diz a nota do Mapa. “Todas as ações foram sustentadas nas recomendações sanitárias do Código de Animais Terrestres da OIE, visando cumprir com os seus dispostos, mantendo assim o Brasil com a melhor classificação mundial sanitária para EEB, que é de risco insignificante”, informa o documento.

O ministério ressaltou que trabalha com ações de prevenção e vigilância desde 1990 e informou que um eventual registro da enfermidade não configura risco sanitário, visto que as medidas de mitigação de risco atuais são suficientes para evitar a reciclagem e amplificação do agente causador.

Em 2005, a OIE extinguiu o termo “livre de EEB” de seu Código Sanitário de Animais Terrestres. A avaliação atual da entidade em relação à doença elenca as seguintes categorias: insignificante, controlado e indeterminado, em ordem crescente de grau de risco. Ou seja, nenhum pais do mundo está isento da ocorrência de casos esporádicos da enfermidade.

Para avaliação de situação sanitária, a OIE considera as medidas de prevenção, vigilância e mitigação de risco adotadas por um país nos últimos sete a oito anos. Com isso, um animal com idade avançada não desqualifica o sistema de prevenção implantado, que é o caso do animal que está sendo investigado no Mato Grosso (12 anos). Nesse cenário, a eventual confirmação de caso de EEB é indicativa de que o país possui um sistema de vigilância robusto, capaz de identificar e retirar situações isoladas e previsíveis da cadeia de alimentação.

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