Diante do fechamento do mercado mexicano à carne suína dos Estados Unidos, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) encaminhou aos Ministérios da Agricultura e de Relações Exteriores, um ofício solicitando o esforço do governo para negociar a exportação da carne suína brasileira para o México.
De acordo com o documento, assinado pelo presidente da CNA, João Martins, o Brasil vem negociando a abertura desse mercado há anos e esse seria o momento para a conclusão dos entendimentos. “Já chegamos bem perto no ano passado e não podemos deixar essa oportunidade passar”.
O México é o 3.º maior importador mundial de carne suína, sendo os Estados Unidos o maior exportador para esse mercado. Com a barreira tarifária de 20% ao suíno norte-americano, a CNA entende que o Brasil tem uma excelente oportunidade de ampliar a balança comercial desse setor. “O México é um país potencial, já que 44% do seu consumo de carne suína depende do mercado internacional”, explicou o assessor técnico da Comissão Nacional de Aves e Suínos da CNA, Victor Ayres.
O Brasil é o quarto maior produtor e exportador de carne suína do mundo.
Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o México é o 9.º maior produtor mundial, com produção de 1,43 milhões de toneladas ao ano. Em 2017, importou 1,1 milhão de toneladas, sendo 638 mil toneladas vindas dos EUA. “É um país em que a produção doméstica vem crescendo em torno de 3,5% ao ano, enquanto as importações aumentam cerca de 6%”, disse o assessor da CNA.
No início deste ano, em meio à incerteza em torno das negociações do NAFTA, o México chocou os agricultores americanos aumentando drasticamente suas importações de milho do Brasil.
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