As vendas de carros importados por marcas sem fábrica no Brasil cresceram 87,4% em 2011. Entre os principais motivos para o bom resultado estão a queda da cotação do dólar em relação ao real e a alta do IPI para os estrangeiros, que entrou em vigor no dia 16 de dezembro. No ano passado, os emplacamentos de modelos de Audi, BMW, Chrysler, Ferrari e Porsche, entre outras, somaram 199.366 unidades, ante as 106.360 em 2010.
Com o resultado, que é recorde, essas marcas representaram 5,82% das vendas totais de veículos no país. Diferentemente do que ocorreu nos anos anteriores, em 2011, dezembro foi o mês campeão de vendas. A alta foi de 26% em relação a novembro e 42% acima ao mesmo período de 2010.
Segundo o presidente da Abeiva, associação que representa as empresas do setor, José Luiz Gandini, no fim do ano muita gente antecipou as compras para evitar pagar pela o IPI maior. Entre as marcas importadas que mais cresceram em 2011, destacam-se a Jeep, com alta de 250% e a Changan (ex-Chana), com 223%. Da norte-americana, o carro-chefe foi o jipão Grand Cherokee, com 1.925 unidades. Da chinesa, o mais emplacado foi o utilitário X1, com 2.089 vendas.
A Kia continua na ponta da lista. O sedã Cerato liderou as vendas da sul-coreana, com 20.345 emplacamentos. Aliás, ele foi o mais vendido entre os modelos das marcas filiadas à Abeiva. As duas novatas chinesas Jac e Chery se destacaram no volume de vendas. No acumulado do ano, a Chery vendeu 21.669 unidades e a Jac 23.725. O Chery QQ foi o mais vendido da marca, com expressivas 9.914 unidades ao longo do ano. Já o J3 vendeu 12.808 e o J3 Turin outras 8.354.
As perspectivas da entidade para este é de retração. A previsão é que o recuo nas vendas chegue a 20%. Segundo Gandini, que também é presidente da Kia do Brasil, as importadoras estão reduzindo custos para não repassar o aumento total aos consumidores, e o principal alvo serão as verbas de marketing.
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