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  • Lanternas, bem menores que os faróis, avançam pela lateral do veículo
  • Apesar do excesso de plástico, o interior agrada pela modernidade e conforto
  • Painel com iluminação azul privilegia mostrador digital
  • O trinco de abertura da porta ganhou um posicionamento diagonal ao chão
  • Com 102 cv de potência máxima, o motor só fica devendo nas retomadas

A chegada do Agile, em outubro, trouxe novos conceitos visuais aos carros da marca. O modelo foi apresentado como um divisor para a renovação completa da sua linha automotiva até 2012 – na mesma plataforma do Agile estão previstas as vindas de um sedã, uma picape e um jipinho.

O caderno Automóveis, Mo­­tos & Cia ao avaliar a versão LTZ, topo de linha, pelas ruas de Curi­tiba pode verificar que ele traz muitos atributos, mas também apresenta alguns "poréns". É louvável a tentativa de GM em criar uma nova identidade visual a partir do Agile – na verdade, tendência incorporada antes pelo Captiva. Contudo, esse estilo acabou criando pontos polêmicos, pelo menos no que re­­fe­­re ao hatch. Nas ruas, diversas pes­­soas elogiaram os enormes fa­­róis e a grade em dois andares; ou­­tras acharam desproporcionalmente grande ao restante do carro. Ques­­tão de gosto. Mas é inegável o ar de imponência que a frente confere.

Sob a inspiração do Volkswa­gen Fox – a GM nunca escondeu is­­so – o Agile se mostrou espaçoso e com posição elevada de dirigir, igual ao concorrente. A cabine am­­pla oferece bom espaço lateral (pa­­ra os ombros) e longitudinal (para as pernas). Na verdade, todas as di­­mensões (internas e externas) acabaram muito próximas às do San­dero, o que deve ser interpretado co­­mo um elogio, uma vez que o Re­­­nault é referência entre os hatches em espaço para pessoas e .

O conceito de duplo cockpit agregado ao carro é outro ponto que chama a atenção. Os ambientes são bem definidos para motorista e passageiro. O lado do condutor é mais técnico, contendo todos os instrumentos ao alcance de quem está ao volante; já o do passageiro, mais sóbrio, privilegia o conforto para as pernas.

Ao entrar na cabine, nota-se que o painel foge do convencional. Ele mistura instrumentos digitais e analógicos, com a nova iluminação "Ice Blue", semelhante ao do Ford Fusion, e efeitos diferenciados, onde os ponteiros ficam es­­con­­didos com o painel desligado. A parte interna é digital e traz as fun­­ções do computador de bordo e as luzes de advertência na parte in­­ferior. Já o velocímetro, o marcador de com­­bustível e o conta-giros são analógicos. Contudo, na inci­dên­cia da luz solar os marcadores se tornam praticamente ilegíveis.

O estilo "cool" do ambiente é complementado pelo ar-condicionado com visualização digital (mesmo o ar não sendo digital); pelos trincos das portas dianteiras, em posição insólita (no ex­­tremo superior dos puxadores das portas); e pelas aplicações de tecido nas portas e bancos aveludados com contornos joviais.

Quando foi lançado o Agile apresentava um bom pacote de itens de série desde a versão de entrada, a LT. Porém, recentemente a Chevrolet começou a vender dois pacotes com menos equipamentos para baratear o preço do hatch fabricado na Argentina. Ago­­ra, o modelo parte de R$ 33.871 na configuração inicial, que perdeu alarme, ar-condicionado, travas e vidros (dianteiros). Com esses itens, o valor do carro é de R$ 40.020 – versão LTZ, topode linha. Entre essas duas configurações há uma de R$ 35.228, que acrescenta alarme, vidros e travas .

De série, ele conta com bancos rebatíveis (inclusive o do passageiro dianteiro, para carregar cargas compridas), piloto automático, direção hidráulica, computador de bordo, acen­­dimento automático dos faróis, limpador e desembaçador do vidro traseiro e ajuste de altura do banco do motorista e da direção.

Na versão LTZ, a que avaliamos, o carro traz a mais rodas de liga leve de aro 15", espelhos retrovisores , rádio com MP3, Bluetooth e entrada pa­­ra USB e faróis de neblina. Lanterna de neblina, air bags dianteiros, vi­­dros traseiros e ABS com EBD são itens opcionais.

Apesar de o interior ter uma proposta sofisticada, com painéis em dois tons e um desenho moderno, o acabamento incomoda. Os plásticos são du­­ros e muito aquém dos plásticos revestidos de borracha presentes em veículos da concorrência. Esse tipo de material em excesso pode resultar, com o tempo, em barulhos incovenientes. A tampa do porta-malas, que só se abre inserindo a chave na fechadura, também é outro as­­pecto desfavorável.

Desempenho

E, finalmente, o motor 1.4 litro EconoFlex, com potência máxima de 102 cv e 13,5 kgfm, teve um com­­portamento satisfatório na cidade, registrando 7,5 km/l em mé­­dia abastecido com álcool. A resposta ao pisar no pedal da direita também é interessante para a cidade. Mas, na estrada, além de se revelar ruidoso acima dos 100 km/h, apresentou uma certa demora na retomada, o que era de se esperar de um blobo 1.4

Apesar da suspensão elevada, é um carro equilibrado: contorna curvas com competência, sem as­­sustar o motorista com es­­c­­­apadas repentinas. Nas frenagens, a assistência do ABS mantém o Agile na trajetória – se pos­­sível, não abra mão desse opcional.

Para quem busca um veículo no­­vo espaçoso e completo, o Agi­­le não deixa de ser uma boa opção.

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