Audi A5: Beleza, luxo e esportividade

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Desde a década de 90, com o modelo S2, a Audi não explorava o segmento de cupês de quatro lugares. Até que em 2007 a fabricante alemã tratou de preencher essa lacuna com a apresentação do A5 no Salão de Genebra, na Suíça. A marca não queria ficar de fora deste nicho de mercado, que deu um salto após o lançamento do CLS, da Mercedes-Benz. No início do ano passado, o cupê médio-grande da Audi estreou na Europa e em novembro chegou ao Brasil.

O A5 é daqueles carrões que impressionam por onde passa. Os olhares curiosos e de admiração acompanhavam o veículo pelas ruas de Curitiba du­rante a avaliação feita pela re­portagem do caderno Auto­mó­veis, Motos & Cia. Por fora, os contornos do cupê são sedutores. A robustez fica por conta dos vincos no capô inclinado, pela generosa grade frontal em forma de "U" e pe­­las encorpadas caixas de rodas, que "alargam" o modelo. Traços genéticos muito parecidos com os demais cupês da marca, o R8 e novo TT.

O design arrojado se completa pelo caimento da terceira coluna e a linha de cintura mais alta, típica da categoria. Na traseira, corte da tampa do porta-malas em arco, lanternas trapezoidais, duplo escapamento e para-choque bojudo.

Essa combinação que salta aos olhos é mérito do projetista italiano Walter De’Silva, responsável nos últimos anos por outras belas máquinas como o Alfa Romeo 156, que marcou uma virada na vida da fábrica italiana rumo aos tempos modernos, o agressivo Lam­bor­ghini Mur­­ciélago ou o ousado Audi R8, só para citar alguns modelos. Outro traço moderno e elegante do esportivo são os faróis de xenônio autodirecionais, cromados e cravejados de pequenos LEDs em formato de "L" deitado, que servem para deixá-lo visível mesmo durante o dia.

O A5 parte dos R$ 254,5 mil, posicionando-se entre os R$ 234 mil do BMW 325 Ci e os R$ 285 mil do recém-lançado Mercedes E350 Coupé, seus rivais diretos no Brasil. O motor é um 3.2 litros V6, de 24 válvulas, versão única oferecida no país. São 269 cv de potência a 6.500 rpm e torque máximo de 30,7 kgfm disponível desde os 3 mil giros até as 5 mil rotações. Ele trabalha em conjunto com a transmissão Multitronic, de oito velocidades, com opção de mudanças através de borboletas atrás do volante. O propulsor do Audi também se mostra intermediário em relação aos oponentes: é bem mais potente que os 218 cv do 325Ci e próximo ao do E Coupé, que oferece 272 cv.

Para um veículo deste porte, a lista de itens de série só poderia ser recheada. Na parte de segurança, controles de estabilidade e de tração, seis airbags, freios com ABS, EBD e assistente de emergência, além de espelhos eletrocrômicos e sensores de obstáculos dianteiros e traseiros com grafismos. Para o conforto dos ocupantes, ar-condicionado automático com dual zone e sensor de intensidade da temperatura dos raios solares, direção hidráulica, trio elétrico, bancos com ajustes elétricos – inclusive para o acesso aos assentos traseiros –, retrovisores com desembaçadores e rebatíveis eletricamente, entre outros.

Destaque para a chave inteligente, capaz de armazenar dados do computador de bordo e que permite dar a partida no veículo apenas pressionando um botão ao lado esquerdo do câmbio – a chave pode ficar no bolso do motorista ou guardada em um dos vários porta-objetos. O freio de estacionamento é elétrico e o sistema de som possui disqueteira para seis CDs, entrada para cartão de memória SD e conexão Bluetooth com informações dispostas em um display no painel.

As dimensões do carro possibilitam acomodar com conforto os dois ocupantes da frente: 4,65 m de comprimento e 2,75 m de entreeixos (10 cm mais que o A4). No entanto, para quem viaja atrás há um pequeno aperto para as pernas. Nada que impeça o desfrute deste cupê, que, por enquanto, ainda é privilégio para poucos. Apenas 13 unidades do cobiçado modelo desembarcaram no país. A Audi deverá rever sua projeção depois que a rival Mercedez-Benz anunciou a previsão de vender 16 unidades mensais do seu novo E350 Coupé.