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O motor da moto de dois cilindros, oito válvulas, que produz 87 cv a 8.000 rpm, oferece bom desempenho em qualquer rotação | Doni Castilho/Agência Infomoto
O motor da moto de dois cilindros, oito válvulas, que produz 87 cv a 8.000 rpm, oferece bom desempenho em qualquer rotação| Foto: Doni Castilho/Agência Infomoto

Mercado

Japonesas são as concorrentes

A lista de concorrentes dessa BMW F 800R é grande. As japonesas Honda, Kawasaki, Suzuki e Yamaha têm opções no segmento. A Honda Hornet, líder de mercado, tem motor de quatro cilindros com mais potência e custa R$ R$ 36.680, (com ABS). Já a Kawasaki oferece dois modelos: a bicilíndrica ER-6n, mais espartana, que com ABS sai por R$ 28.943; e a bela Z 750, com motor de quatro cilindros também, por R$ 38.281 (ABS). Já a Suzuki disponibiliza a boa e velha Bandit 650, que sai por R$ 29.9 mil, mas não tem freios ABS nem como opcional. Caso também da Yamaha XJ6, uma tetracilíndrica básica, com motor de 77,5 cavalos e sem opção de ABS por R$ 28,6 mil. Até mesmo a italiana Ducati tem um modelo: a Monster 696 com motor V2 custa R$ 33,9 mil.

  • O conjunto óptico assimétrico garante um visual radical
  • Computador de bordo traz consumo médio, instantâneo, e velocidade média
  • A F 800 R usa corrente e não a tradicional transmissão por eixo cardã

A BMW F800R não sofreu grandes alterações desde seu lançamento há dois anos. Po­­rém, o fato de ser montada em Manaus (AM) pelo processo CKD desde maio é uma novidade que a co­­loca no páreo do seg­­mento na­­ked (sem carenagem) de média cilindrada. Principalmente pela redução do seu preço final: de R$ 51,9 mil para R$ 36,9 mil (mais frete na conc essionária Star News, de Curitiba), no pacote Pre­­mium – o único disponível – com freios ABS, computador de bordo, parabrisa esportivo e setas com LED.

Um dos segmentos mais disputados do mercado acima de 400cc, o consumidor tem di­­ver­­sas opções entre as nakeds de média cilindrada: desde a con­­sagrada Honda CB 600F Hor­­net, passando pela Yamaha XJ6 com quatro cilindros até a Kawasaki ER-6n de dois cilindros, todas com capacidade cú­­bica entre 600cc e 650cc. A na­­ked BMW, en­­tretanto, tem 798 cm³ e um pre­­ço bastante competitivo.

Além de estar mais acessível, a F800R tem outras qualidades que a tornam uma boa opção pa­­ra quem quer uma naked pa­­ra rodar com conforto, seja na ci­­dade ou em uma escapada de fim de semana.

A começar pela facilidade de pilotagem. O amplo banco fica a apenas 800 mm do solo, simplificando a tarefa de colocar os pés no chão e garantindo mais confiança em manobras no dia-a-dia. O guidão largo tam­­bém contribui para a agilidade dessa BMW nas mudanças de direção. Outro ponto for­­te dessa BMW, assim como de ou­­tros modelos da marca é o con­­junto de freios. Os eficientes freios a disco com ABS nas duas rodas ajudam os iniciantes e dão mais confiança aos ex­­perientes.

O computador de bordo tam­­bém conta pontos para es­­sa no­­va BMW. Traz diversas in­­formações, como consumo mé­­dio, ins­­tantâneo, velocidade média, temperatura do ar e fuel trip (ho­­dômetro de reserva).

Torque à vontade

Apesar de sua maior capacidade cúbica, a F800R perde para a lí­­der do mercado, a Honda CB 600F Hornet no quesito potência. Mas supera outras concorrentes. Seu propulsor de dois ci­­lindros, oito válvulas, co­­man­­do duplo no cabeçote, re­­frigeração líquida, alimentado por injeção eletrônica produz 87 cv a 8.000 rpm – contra 102 cv a 12.000 rpm na naked da Hon­­da.

Mas isso não significa que es­­­­sa BMW seja uma moto lenta. Pe­­lo contrário. Com seu torque máximo de 8,77 kgfm a 6.000 rpm, o maior entre as na­­keds de média cilindrada, o mo­­tor ga­­ran­­te retomadas rápidas e conforto na pilotagem. No quesito potência, a F800R fica atrás, mas seu câmbio com­­pensa em partes. As três últimas marchas do câmbio de seis velocidades são mais longas e foram projetadas para o motociclista aproveitar melhor a potência. O suficiente para levar essa F800R aci­­ma dos 200 km/h. Mas além dos radares e do bom senso, o vento não vai permitir que você rode nessa ve­­locidade por muito tempo. Mas como toda naked, a F 800 R não foi feita para bater recordes. Acima de 140 km/h e em altos giros, além do vento, as vibrações do bicilíndrico incomodam um pouco – um dos pon­­tos negativos na comparação com as motos de quatro ci­­lindros, que têm funcionamento mais suave.

No geral, a BMW F800R aten­­de com louvor sua proposta de ser uma moto urbana, fei­­ta para o uso diário e também pa­­ra pe­­quenas viagens. É bas­­tan­­te divertida de se pilotar e de se admirar, já que seu con­jun­­to óptico assimétrico lhe diferencia das concorrentes e garante um visual radical. Tor­­que à von­­tade, banco confortável e bom conjunto ciclístico, além de ser uma opção para se diferenciar da multidão.

Agora com um preço mais com­­petitivo, essa naked de origem alemã, montada em parceria com a Dafra em Manaus, de­­ve incomodar as concorrentes japonesas. E, quem sabe, le­­var a uma briga de preços. E neste caso, quem sairá ganhando é o consumidor.

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