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Na General Motors, a primeira troca de óleo do motor ocorre com 5 mil quilômetros percorridos | Divulgação
Na General Motors, a primeira troca de óleo do motor ocorre com 5 mil quilômetros percorridos| Foto: Divulgação

Adquirir um carro zero quilômetro é a garantia de rodar os próximos anos sem a preocupação de que ele venha deixá-lo na mão por uma falha mecânica ou quebra de uma peça desgastada pelo tempo. Mas para que essa teoria ocorra na prática, o proprietário precisa ter consciência de que o veículo novo também re­­quer cuidados básicos.

Alguns componentes deverão ser monitorados com maior atenção, principalmente nos primeiros me­­ses, quando o novo dono ainda está se adaptando ao automóvel e qualquer descuido pode danificá-lo. Se­­guir à risca as revisões periódicas e as manutenções recomendadas de fábrica é fundamental para manter o carro longe de problemas no futuro, aconselha Ana Paula Miranda, assistente administrativo de Oficina da Valesul, concessionária GM em São José dos Pinhais.

Ela lembra que para a maioria dos modelos GM a primeira troca de óleo e do filtro de óleo ocorre com 5 mil quilômetros. Para ajudar na lem­­brança do motorista, um aviso visual é mostrado no painel quando essa hora chega, conta a funcionária. Há marcas, como a Hyundai, onde esse serviço acontece ainda mais cedo, com 2.500 quilômetros. A revisão completa, por sua vez, com a substituição dos demais itens, como filtros de combustível e de ar, por exemplo, será feita nos 10 mil quilômetros. Esse prazo é observado por quase todas as fabricantes.

O investimento nas trocas de óleos é baixo e pode prevenir um gasto maior com problemas no motor por falta ou deficiência de lubrificação. "Por isso, é importante ficar atento às quilometragens para cada troca, sinalizadas no manual do automóvel", alerta Antônio César Costa, consultor técnico da Oficina Brasil, maior rede de franquias de oficinas mecânicas do país.

Outro detalhe importante, segundo ele, é realizar o alinhamento e balanceamento dos veículos pelo menos duas vezes ao ano. "Além de ajudar a conservar os pneus e a melhorar a dirigibilidade e segurança, ainda contribuem na conservação dos rolamentos de roda, principalmente as traseiras", salienta.

Verifique o estado dos freios dianteiros e traseiros pelo menos duas vez ao ano. Um hábito que deve ser evitado é o uso da famosa "banguela" (descer com o carro desengrenado). O correto é usar a marcha engatada. Além de reduzir o desgaste dos freios, é bem mais seguro. O ponto morto na descida, ao contrário do que muita gente pensa, ao invés de economizar faz o bloco com injeção eletrônica consumir mais combustível. "Com a marcha engrenada (e sem a aceleração), as borboletas se fecham e impedem a passagem do combustível. Já no ponto morto, o sensor irá interpretar que é preciso injetar o combustível para manter o motor fun­­cionando", explica Thiago João Vos­niack, técnico automotivo da Fórmula Renault, autorizada em Curitiba.

Também é importante a troca do fluido de freio a cada 40 mil quilômetros ou dois anos, pois se contaminado danifica peças do sistema e ainda coloca em risco uma frenagem segura. "Procure imediatamente uma loja especializada ao sentir que o pedal está mais duro e o veículo demora a parar ou não quando acio­­nado o freio", recomenda Vosniack.

Um item que geralmente é esquecido são as palhetas do limpador do para-brisa. Só lembramos delas nos dias de chuva. A sua falha pode comprometer a visibilidade e o ressecamento, riscar o para-brisa. "O jogo de pa­­lhetas na Renault custa a partir de R$ 77, mas se for necessário um polimento para retirar riscos superficiais, o custo pode subir pa­­ra R$ 180 e chegar a R$ 800 numa eventual necessidade de trocar o para-brisa", afirma o técnico.

Portanto, verifique o estado das palhetas do limpador e do vidro traseiro a cada 6 meses, pelo menos. E evite deixar com frequência o carro exposto ao sol. A combinação sol e chuva e as sujeiras do dia a dia, como poeira e ter­­ra, podem ressecar as palhetas.

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