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As duas motocicletas de média cilindrada se diferenciam pelo visual. A CB 300B foi lançada na metade deste ano | Fotos: Gustavo Epifanio / Agência Infomoto
As duas motocicletas de média cilindrada se diferenciam pelo visual. A CB 300B foi lançada na metade deste ano| Foto: Fotos: Gustavo Epifanio / Agência Infomoto
  • Painel de instrumentos com display digital na Honda
  • Velocímetro e tacógrafo analógicos na Yamaha
  • As motos contam com freios a disco simples na dianteira
  • Transmissão por corrente e freio a tambor nas duas máquinas
  • Compare as fichas técnicas das duas motos

Qual é a melhor street de média ci­­lindrada, a recém-lançada Hon­­da CB 300R ou a "veterana" Yama­ha YS 250 Fazer? Na hora da compra, outras dúvidas também habitam o imaginário dos motociclistas em ascensão: uma moto totalmente nova, com design arrojado e maior capacidade cúbica ou um modelo seguindo linhas tradicionais, com cara de moto e equipada com um pioneiro motor de 250cc injetado.

Para iniciarmos a comparação entre as motos, "escaneamos" os dois modelos para verificar suas diferenças visuais. De cara, a CB 300R apresenta um design mais arrojado, jovial, que foi inspirado nas nakeds de maior cilindrada (CB 600F Hornet e CB 1000R). Chama atenção a pequena carenagem que envolve o farol e, consequentemente, o painel de instrumentos, com display digital e ponteiro para acompanhar as rotações do motor. Além disso, a rabeta é minimalista, mais afilada, com lanterna em­­butida e alças para o apoio do garupa em alumínio.

Já a Fazer 250 tem farol sem moldura, velocímetro e tacógrafo analógicos (dois mostradores com ponteiros) e um pequeno display de cristal líquido que informa o nível de combustível, além de ho­­dô­­metro total e dois parciais. Na par­­te traseira, o grande destaque é os piscas integrados à lanterna. O conjunto oferece excelente vi­­sua­­lização, principalmente na indicação das mudanças de direção. Des­­de o seu lançamento, em 2005, já foram produzidas 142.790 unidades da Fazer 250, fazendo dela um sucesso de vendas no Bra­sil e também no exterior, já que a Yamaha do Brasil é pólo exportador da Fazer 250 para todo o mundo.

Motores

O modelo Honda está equipado com motor monocilíndrico, com duplo comando de válvulas no cabeçote (DOHC), com quatro válvulas e equipado com injeção eletrônica de combustível. Com 291,6 cm³ de capacidade cúbica, o propulsor gera 26,53 cv a 7.500 rpm de potência máxima e torque máximo de 2,81 kgfm a 6.000 rpm. Na cidade, o consumo de combustível gira na casa dos 25 km/l.

Já o propulsor da Fazer 250 tem 249 cm³, conta com comando de válvulas simples no cabeçote (OHC). Alimentado por injeção eletrônica, gera 21 cv de potência máxima a 8.000 rpm e 2,10 kgfm a 6.500 rpm de torque máximo. Mais econômica, a street da Yamaha faz, na cidade, cerca de 29 km/l.

No resumo da ópera, ambos os motores trabalham de forma linear e oferecem força em baixas e médias rotações. Neste quesito, leve vantagem para a CB 300R, em função de seu torque maior atingido em uma rotação mais baixa. Porém, o propulsor da Fazer de comando simples vibra menos, é mais econômico e foi o primeiro a adotar a injeção eletrônica de combustível. Boas de curvas e de retas, os modelos alcançaram 130 km/h.

Conforto

Na parte ciclística, nenhuma novidade. A Honda utiliza na dianteira garfo telescópico com 130 mm de curso e freio a disco simples de 276 mm de diâmetro e pinça de duplo pistão. Na traseira, suspensão mo­­noamortecida com 105 mm de curso e freio a tambor. Na moto Ya­­maha, garfo telescópico e, na traseira, monoamortecedor, ambos com 120 mm de curso. O curso igual entre as suspensões é uma marca registrada da família Fazer. A street da Yamaha está equipada com freio a disco simples dianteiro de 282 mm de diâmetro e pinça com dois pistões. Na traseira, o tradicional tambor de 130 mm.

Em relação à suspensão, a Fazer leva vantagem sobre a CB, já que na traseira tem 120 mm de curso, contra 105 mm da Honda. No ge­­ral, a CB 300R é mais firme, en­­quanto a Yamaha absorve com mais propriedade as imperfeições do solo. Com relação aos freios, em ambos os casos são eficientes e es­­tão de acordo com a proposta urbana dos modelos.

Apesar da Fazer ser um projeto mais antigo, a moto é mais confortável que a recém-lançada CB 300R. O banco em dois níveis, o desenho do tanque e a posição das pedaleiras fazem o piloto se encaixar melhor na moto da Yamaha. No modelo da Honda, o corpo do motociclista fica projetado mais para frente.

Uma característica marcante destes modelos é sua agilidade, principalmente nas mudanças de direção. Em função de sua maior potência e torque, a CB 300R larga na frente quando a luz verde do semáforo se acende. Porém, a Fazer se destaca pelo maior ângulo de esterço.

Realmente é uma difícil escolha entre uma novidade (CB 300R) e um conjunto bastante equilibrado (Fazer 250). Para acirrar esta briga, esperamos que a Yamaha apresente logo uma Fazer 300, com design mais radical e com um motor que ofereça mais potência e torque. Como ainda não temos bola de cristal – apesar de fotos de uma nova Fazer já circularem pela internet – a moto da Yamaha ainda oferece bom custo benefício e maior economia. Em Curitiba a CB 300R é encontrada a R$ 12.180 e a Fazer 250 a partir de R$ 10,5 mil.

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