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Apesar do motor 1.3, o Face mostrou bom desempenho na rodovia, chegando aos 120 km/h com facilidade | Divulgação / Chery
Apesar do motor 1.3, o Face mostrou bom desempenho na rodovia, chegando aos 120 km/h com facilidade| Foto: Divulgação / Chery

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A Chery possui 40 revendas no Brasil e pretende abrir outras 30 até o fim do ano.

Fábrica

Maior marca independente da China, a Chery estuda inaugurar uma fábrica no Brasil. Atualmente, possui uma unidade em Salto (SP), que fornece peças para o pós-venda.

Lançamento

O Face já estava disponível nas lojas há três meses, mas apenas 120 unidades foram comercializa­das – elas eram montadas no Uruguai. Devido a um problema com o ex-parceiro sul-americano, a Chery não conseguiu formar es­­toque suficiente. Por isso retardou o lançamento oficial. Agora o modelo vem direto da China.

Salão

No Salão do Automóvel de São Paulo, a Chery já confirmou a presença de cinco novos modelos (A13, S18, Tiggo automático, S18 D e G5), que chegarão ao mercado no ano que vem. Para 2011 está previsto a estreia do motor flex.

  • Sensor de ré, rodas de liga leve e rack de teto são itens de série no modelo
  • Modernidade nos equipamentos, mas acabamento com qualidade inferior
  • Freio de mão inovador traz alavanca em formato de pá

Itu (SP) - Tradicionalmente no Brasil os carros com preços mais po­­pu­­lares oferecem de série pou­­cos itens de conforto e segurança. Quem procura mais requinte tem de recorrer aos opcionais, o que acabam por encarecer o modelo e torná-lo mais distante da faixa popular. As marcas chineses prometem mudar este conceito. Na semana passada, a Chery lançou oficialmente por aqui o hatch compacto Face, que tem na relação custo-benefício seu principal atributo. Por R$ 31.990, o consumidor leva para ca­­sa um veículo dotado de direção hidráulica, ar-condicionado, vidros e travas elétricos, duplo air bag, freios ABS com EBD (controle de frenagem), som com MP3 e entrada USB, sensor de ré, entre outros mimos.

Realmente é o pacote que impressiona considerando o valor de tabela do modelo. Para oferecer itens semelhantes, concorrentes como Volks­wa­­­­gen Fox, Ford Fiesta, Chevrolet Agile e Renault Sandero ficariam pe­­lo menos R$ 10 mil mais caros que o representante chinês. Por isso, o Face tornou-se a grande aposta da Chery este ano para expandir as vendas e consolidar a marca em solo nacional.

A empresa, que já participa do seg­­mento de utilitários esportivos com o Tiggo, e de hatches e de sedãs mé­­dios com o Cielo, espera vender 6 mil unidades do seu novo produto, o que representa 60% do volume to­­tal previsto pela marca para 2010. "Até a chegada do compacto QQ (adia­­­­da para o ano que vem, devido ao desenvolvimento do motor flex), o Face será o nosso carro-chefe", aponta Luis Curi, CEO da Chery no Brasil.

O compacto tem design assinado pela equipe italiana Bertone, que também é responsável pelos carros da Alfa Romeo, e traz sob o capô um motor 1.3 a gasolina de 84 cavalos de potência – um propulsor flex está previsto para a metade do próximo ano. A relação de itens de série inclui ainda faróis de neblina, regulagem de altura do farol e rodas de liga leve.

O formato da carroceria contribui para a boa ergonomia do veículo, que é auxiliada pela posição elevada dos assentos dianteiros, apesar da ausência de regulagem de altura. O que chama atenção no interior é o freio de mão, que foge do convencional com formato de uma espécie de ‘pᒠde areia.

Durante o lançamento, que ocorreu em Itu (SP), a reportagem dirigiu o veículo num trecho de cerca de 20 km. E constatou a eficiência do propulsor de baixa cilindrada, que respondeu bem às pisadas no acelerador, mesmo para um compacto de 1.415 kg! O engate do câmbio manual de cinco velocidades tem relação de marchas curtas, o que contribui nas acelerações e retomadas de velocidade. Foi possível atingir os 120 km/h sem muita dificuldade.

A direção hidráulica é leve demais e pode incomodar um pouco na rodovia, o que exigirá mais atenção do condutor para manter a trajetória, principalmente em altas velocidades. Na cabine, o acabamento à primeira vista agrada, mas a qualidade e a costura dos tecidos que revestem os assentos deixam a desejar, bem como as peças plásticas, com material mais duro e pouco sensível ao toque. O quadro de instrumentos é moderno, com mostradores circulares saltados, tela central digital que reúne as informações do computador de bordo e iluminação em cor azul oceano.

Para conquistar os clientes pelo bol­­so, a Chery oferece também revisões com preços fixos. A primeira, realizada aos 2,5 mil km, é gratuita. Com 10 mil km, o preço é R$ 149; com 20 mil km, R$ 249; e 30 mil km, R$ 149.

O jornalista viajou a convite da Chery do Brasil

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