O gerente comercial Osmar Empinotti e a sua coleção de quase 70 bicicletas.| Foto: Marcos Rosa Filho/Divulgação

Quem tal uma viagem ao passado de Monareta, Barra Forte, BMX ou Prosdócimo? Quem tem mais 30 anos já sabe o tipo de veículo a que me refiro. A bicicleta é o primeiro meio de transporte de qualquer pessoa e, muitas vezes, a acompanha ao longo da vida.

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Alguns têm uma relação tão próxima com a ‘magrela’ que não se satisfazem em ter apenas uma. E de preferência quanto mais antiga, melhor. Acabam virando colecionadores. O carinho e o zelo deles por suas ‘bikes’ são os mesmos de quem mantém um acervo de veículos motorizados do passado.

VÍDEO: Confira as histórias dos colecionadores de bikes

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Esses aficionados pela ‘zika’ ou ‘camelo’, como a bicicleta também é conhecida, vão expor parte de suas coleções neste sábado (21) em Curitiba. O local escolhido foi o tradicional ponto de encontro dos amantes do antigomobilismo: o Phoenix American Mex, no Tarumã (BR 116, número 6.000).

Caloi Cross Extra Light.
Monark Tigrão 1973
Monark Monareta 1970
Prosdócimo 1951.
Caloi Cross.
Hartog 1943
Caloi Berlinetinha 1970
Caloi 10 1990
BMX Superstar 1982
O colecionador Omar Sharif, hoje com 44 anos, em disputas da modalidade BMX na década de 1980.
O colecionador Omar Sharif, hoje com 44 anos, em disputas da modalidade BMX na década de 1980.
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O evento, das 9h às 18h, é aberto a todos os donos de bicicleta, antigas ou novas, que quiserem participar da mostra ou apenas se dirigirem ao local com a sua bike. Haverá ainda a presença de lojas especializadas, comercializando peças novas e usadas.

A exposição contará com vários modelos, de diferentes épocas e marcas, como um exemplar de 1893, com rodas de madeira. Ou então uma Monark Tigrão, ícone dos anos de 1970, que se destacava pela dimensões distintas das rodas - a da frente era aro 14 e a de trás, aro 20.

“Era o suprassumo da época. Tinha um estilo cross e banco com santantônio”, explica o gerente comercial Osmar Empinotti, 52 anos, proprietário do modelo.

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“Tenho de 60 a 70 bicicletas numa edícula em casa. Costumo levar algumas para exposições em Santa Catarina, onde há muitos encontros do gênero, e também em eventos de automóveis, como o de veículos antigos da Lapa”, diz o colecionador.

Monark Tigrão 1973

Ele ressalta que Curitiba não tem a tradição de realizar exposições de bicicletas, porém recentemente mostrou parte de seu acervo no Shopping Palladium por duas semanas e cerca de 30 mil pessoas prestigiaram, segundo o curitibano.

O gerente tem outras peças raras, como uma Hartog 1943, de fabricação holandesa, e até a Prosdócimo, vendida pela famosa loja de departamentos de mesmo nome. “A antiga HM também tinha a bicicleta Hermes Macedo”, conta.

Empinotti revela que há modelos da sua coleção que ultrapassam o valor R$ 10 mil. Para ele, a coleção é somente um hobby e nunca pensou explorá-lo comercialmente. “Eu sei a história de cada bicicleta. Como e de quem eu comprei, quanto paguei. O valor sentimental agregado é muito maior que o material”, destaca.

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Caloi Cross

 

Não poderia faltar ao encontro a Caloi Cross, modelo esportivo que fez muito sucesso nos anos de 1980 com a garotada. O comerciante Omar Sharif Majid, 44 anos, levará cinco unidades da versão Extra Light, todas originais.

Na adolescência e juventude, o colecionador chegou a ser campeão paranaense por diversas vezes e vice-brasileiro em duas oportunidades na modalidade BMX – categoria precursora da Moutain Bike.

Seu fascínio por esse tipo de bicicleta teve inspiração no filme ET – o Extraterrestre. No longa, a turminha rodava a cidade com o amiguinho de outro planeta em cima de exemplares BMX. A célebre cena do voo da bicicleta com o ET de carona e a lua ao fundo ficou eternizada. “O marco zero da BMX no Brasil foi este filme”, garante o comerciante.

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