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Faróis afilados, grade modificada com dois filetes em curva e novo para-choque marcam frente do novo Corolla | Fotos: Divulgação/Toyota
Faróis afilados, grade modificada com dois filetes em curva e novo para-choque marcam frente do novo Corolla| Foto: Fotos: Divulgação/Toyota
  • Painel manteve formas, funções e até cores e mostradores são rigorosamente os mesmos, sem elementos digitais
  • XLi e GLi trazem lâmpadas convencionais nos faróis e lanternas, enquanto a XEi conta com faróis de xenônio e a Altis (foto), com xenônio e LEDs nas lanternas

Atibaia - Em time que está ganhando não se mexe, ou se mexe o menos possível. A velha máxima do futebol foi a fórmula utilizada pelos japoneses da Toyota na linha 2012 do Corolla. Só os olhares mais atentos perceberão que o sedã médio mais vendido do Brasil ganhou retoques que o deixaram com uma aparência mais jovial. Na verdade, o que modelo precisava era de mais fôlego para evitar surpresas com a vinda do novo Honda Civic, no segundo semestre, e a presença do emergente Kia Cerato, além da ameaça real dos utilitários esportivos (SUVs, na sigla inglesa), que em 2010 superaram as vendas dos sedãs médios.

E isso foi feito com a adoção da tecnologia Dual VVT-i no motor 1.8 litro 16V flex das versões XLi e GLi. É a principal novidade da nova linha e que resulta numa nítida melhora na performance. Ela foi apresentada no ano passado com o lançamento do motor 2.0 l flex e se caracteriza pelo duplo comando de válvulas variável, que atua tanto na admissão, quanto no escape da câmera de combustão. Na versão an­­terior, a VVT-i, de comando sim­­­­ples, agia apenas nas válvulas de admissão.

A potência subiu de 136 cv pa­­ra 144 cv a 6.000 rpm, abasteci­­do com etanol, e elevou o torque de 17,5 kgfm para 18,6 kgfm a 4.800 giros. A taxa de compressão para toda a gama de mo­­tores da linha Corolla 2012 agora é de 12,0:1 (incluindo o 2.0 l, de 153 cv), que otimiza a performance com álcool. Anteriormente, os propulsores 1.8 l tinham taxa de 10,0:1.

Mais arisco

Na prática, o motorista terá ace­­­­­lerações e retomadas mais rápidas. Há boa força disponível nas rotações mais baixas, e nas altas ainda há fôlego para em­­­purrar o Corolla a velocidades mais elevadas. De acordo com a fabricante, com esse motor, as retomadas de 60 a 100 km/h são feitas em 8,4 segundos. A velocidade de 0 a 100 km/h é atingida em 12,7 segundos e, de acordo com a marca, o consumo médio é de 7,46 km/l.

O conjunto é completado pela nova transmissão manual de seis velocidades (a anterior era de cinco), que reduz o consumo de combustível e, ao mesmo tempo, garante maior conforto ao condutor na "administração" das trocas conforme a rotação. O câmbio automático continua de quatro velocidades.

Por fora, a atualização da 10.ª geração do modelo exibe agora um visual levemente modificado, com grade dianteira maior e contendo dois filetes mais finos; para-choque mais destacado que o atual, com mudança do trapézio que forma a tomada de ar inferior; e alteração da moldura dos faróis de neblina, que passam a ser verticalizadas. A sensação é de que o carro está mais baixo ou, em outras palavras, mais esportivo.

O conjunto traseiro traz novas lanternas, mais finas, horizontalizadas, com um novo elemento translúcido e iluminação dotada de LEDs. A régua cromada ficou mais longa, quase unindo as lanternas. Nas versões mais caras, há ainda desenhos diferenciados para as rodas de liga leve.

Equipamentos

O Corolla XLi 1.8, mais básico, sai de fábrica equipado com direção com assistência elétrica, ar manual, retrovisores externos e vidros dianteiros elétricos, computador de bordo com cinco funções, du­­plo air bag frontal e ro­­das aro 15 com pneus 195/65 e ca­­lotas. A versão seguinte, GLi 1.8, adiciona ao pacote inicial comandos elétricos também para os vidros traseiros, computador de bordo com seis funções, freios com antiblocante (ABS), painel com iluminação inteligente e chave com comando para vidros e porta-malas.

O Corolla XEi, com motor de 2.0 e apenas câmbio automático, conta também com air bags laterais, acendimento automático de faróis, som com entrada USB e conectividade bluetooth, repetidor de setas nos retrovisores, bancos em couro e controle de cruzeiro. Já a versão Altis, mais completa, incorpora tons mais escuros ao acabamento, que conta com apliques de madeira, ajustes elétricos para banco do motorista, sensor de chuva, som com dois falantes e quatro tweeters, câmera de ré com imagem reproduzida no retrovisor interno e conjunto óptico com faróis de xenônio.

Preços

A meta da Toyota é vender, pe­lo menos, 55 mil unidades do modelo, que é o líder do segmento com 30% de participação neste mer­­cado. Os preços foram rea­­jus­­tados, mas sem nenhuma exorbitância. A versão básica, a XLi 1.8 manual, tem preço sugerido em R$ 63.570; a XLi 1.8 automática sai por R$ 67.570. Já a GLi 1.8 ma­­nual custa R$ 67.070 e a automática, R$ 70.570. A opção XEi 2.0 automática tem preço em R$ 76.770.

Aos valores acima, o comprador deve somar ainda R$ 930 de pintura, caso opte por carroceria com cor metalizada ou perolizada. A novidade começa a ser vendida a partir da próxima terça-feira.

O jornalista viajou a convite da Toyota

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