• Carregando...
Um terço das equipes costuma ficar pelo caminho na prova de enduro. Quem finaliza a etapa consegue uma boa colocação geral | Divulgação
Um terço das equipes costuma ficar pelo caminho na prova de enduro. Quem finaliza a etapa consegue uma boa colocação geral| Foto: Divulgação

Vitrine

Evento pode abrir portas no mercado

Além do envolvimento com o projeto e a adrenalina nos dias de disputa, a competição Baja SAE é considerada pelos futuros engenheiros mecânicos uma vitrine. Durante os quatros dias do evento, os integrantes das equipes são analisados por diversos profissionais de empresas e indústrias do setor. Esse canal pode resultar em um convite de emprego.

"O evento é uma boa vitrine no ramo. Colocar no currículo que participou pode abrir portas no mercado de trabalho", afirma o capitão da equipe da UTFPR, Marco Antônio Batista Guterres. "Já ouvi relatos de colegas que fizeram entrevistas, falaram que foram na Baja e esse fato deu um empurrãozinho no emprego", afirma o líder da equipe da UFPR, Bruno Bambineti.

Segundo o capitão da equipe da PUC, Diego Bettega, a participação no projeto faz o aluno adquirir conhecimentos importantes para futura carreira. "Nós aprendemos coisas que não estão na grade da universidade como liderança e trabalho em grupo. Já vi oferta de emprego que pedia participação na Baja".

  • Estudantes da Unioeste e da UFPR (próxima foto) trabalham na construção dos protótipos que levarão para Piracicaba (SP)

No final deste mês a atenção de diversas empresas e indústrias do setor automotivo estará voltada para Pira­­cicaba, cidade sede da tradicional competição Baja SAE Brasil-Petro­­bras, entre os dias 24 a 27. O evento reunirá cerca de 1,2 mil estudantes de engenharia mecânica, divididos em 67 equipes de 58 instituições de ensino superior de 14 estados e do Distrito Federal. Os times têm como desafio desenvolver projetos e construir carros para uso fora de estrada (protótipos de estrutura tubular em aço, quatro ou mais rodas, motor padrão de 10 HP e capacidade para abrigar um piloto) que serão testados por especialistas do segmento de mobilidade.

O principal objetivo das equipes é conquistar uma das três melhores pontuações nas provas estáticas e dinâmicas e, consequentemente, o direito de representar o Brasil na Baja SAE Kansas, nos Estados Unidos, no segundo semestre. Na etapa mundial, os brasileiros estarão ao lado de outros 90 times de diferentes partes do mundo.

Na edição deste ano, o Paraná terá quatro equipes, sendo três da capital e uma do interior. A equipe da Universidade Federal do Paraná, denominada de UFPR Baja SAE, é composta por 13 alunos. A expectativa é superar a melhor marca da Universidade na competição – 18.° lugar entre os 72 participantes na edição 2008. "Nosso objetivo é ficar entre os dez primeiros. Vai ser um marco se conseguirmos. A colocação de 2008 já foi bastante festejada", explica o capitão da equipe, Bruno Bambineti, que participará da sua quinta edição.

O carro foi batizado como Inter 2, em homenagem ao coletivo de Curitiba que é bastante usado pelos alunos para chegarem ao campus da UFPR. Segundo Bambineti, o veículo deste ano, que está sendo montado desde outubro passado, é mais resistente e com maior confiabilidade. "Queremos manter o carro rápido sem quebrar. Dos mil pontos em disputa, pretendemos conquistar uns 800", afirma.

Outra equipe que segue para Piracicaba com grandes pretensões é a Imperador UTFPR, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. "Queremos ficar entre os quinze primeiros", afirma o capitão, Marco Antônio Batista Guterres. O carro, que leva o mesmo nome do time (Imperador é o marca da indústria de escapamentos que patrocina o projeto), está mais leve, reduzindo dos 210 quilos do ano para os atuais 160 quilos. "Conseguimos fazer isso mantendo a resistência. O veículo mais leve aumenta o desempenho, a aceleração e a dirigibilidade", aponta Guterres.

A equipe da UTFPR é formada por 18 estudantes de diversos cursos. "Um time mesclado é bem importante. Temos alunos dos cursos de mecânica, eletrônica e comunicação institucional, dos mais variados períodos", diz o capitão.

Após sete anos, uma equipe da PUC volta a participar da competição. Desde a participação em 2004, o projeto perdeu força dentro da Universidade. "Resolvemos resgatar com um grupo novo. Assumi­­mos o projeto e estamos tocando", explica o capitão do time CWBaja – uma brincadeira com o código postal da cidade (CWB) –, Diego Bettega.

A meta da PUC é bem modesta: terminar o enduro de quatro horas, última etapa da competição. "O objetivo é concluir o enduro, coisa que é bem complicada. No ano passado, com uma hora de prova, um terço das equipes estava fora. Quem finaliza a etapa consegue uma boa colocação geral", explica o universitário. Para isso, a equipe de 20 estudantes, todos do curso de mecânica, focou na construção de um carro "robusto" – o veículo não tem nome, conforme costume na Universidade. "Os cálculos foram feitos para um veículo resistente. Priorizamos o aço ao invés do alumínio", conclui o capitão.

Unioeste faz história

O grupo de 14 estudantes do curso de mecânica da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unio­­este) está fazendo história. Pela primeira vez, uma equipe dessa região estado vai participar da prova. O projeto só foi viabilizado graças ao patrocínio do Parque Tecnológico de Itaipu. "Es­­tamos orgulhosos. As principais universidades do país estarão lá e nós também", afirma o capitão da Baja Cataratas, Deivis Baratto. O nome do time é uma homenagem ao local que abriga o campus.

Mesmo na posição de estreantes, o capitão tem pretensões ousadas. "Queremos ficar entre os 20 primeiros colocados", diz. No entanto, o estudante sabe que a experiência conta bastante durante os dias de provas. "A vivência na competição faz diferença. Chegar já é uma vitória", avalia.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]