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A rua central de Antonina é invadida por centenas de modelos clássicos durante o encontro anual | Arquivo/ Gazeta do Povo
A rua central de Antonina é invadida por centenas de modelos clássicos durante o encontro anual| Foto: Arquivo/ Gazeta do Povo
  • As praças da capital geralmente são pontos de encontros de carros antigos
  • O Clube Elas, de Curitiba, utiliza estacionamento do Shopping Cidade para fazer exposições
  • Marco Rebuli e a mulher Lara Gomes são incentivadores da cultura antigomobilistas
  • Confira os principais clubes e grupos de carros antigos no Paraná

O Paraná sempre foi referência nacional no culto a veículos do passado. O tradicional encontro anual de An­­tonina, um dos mais importantes do país, é um exemplo de que por aqui a memória da indústria automotiva permanece viva entre os inúmeros colecionadores e adeptos e nas dezenas de clubes de carros. Toda essa pai­­xão agora ganhou um dia oficial: 9 de setembro. Nessa data será comemorado o "Dia Estadual do Antigomobilista", instituído a partir do projeto de lei do deputado estadual Ney Leprevost (PP). Ele tem por finalidade buscar o reconhecimento ao entusiasta do gênero. "Os carros já têm suas datas comemorativas (‘Dia do Fusca’, ‘Dia do Opala’, entre outros). Faltava aquela que valorizasse quem dedica parte de seu tempo a conservar e difundir a cultura dos carros antigos", observou Marco Rebuli, presidente do Kombi Clube Curitiba e autor da ideia. "Na verdade, era para ser 18 de maio, quando se festeja o ‘Dia do Automóvel’. Mas havia ou­­tras datas importantes próximas. Achamos melhor optar pelo nove de setembro, dia no qual se definiu a homenagem após reunião entre entusiastas curitibanos", revela.

Segundo Rebuli, a intenção é promover um grande evento no Dia Es­­tadual do Antigomobilista, reunindo clubes e colecionadores do estado. "Meu sonho é unificar as entidades numa federação e assim poder organizar mais encontros e exposições", discursa Rebuli, que ainda não conversou com todos os clubes, mas diz acreditar que a criação da data comemorativa irá acelerar esse processo.

Para a presidente do clube feminino Elas, Glennys Blesser, a iniciativa fará com que movimento dos antigos tenha mais reconhecimento. "Ainda não temos um espaço fixo para os nossos encontros. Reunimos em praças e estacionamentos de shoppings. Espero que isso possa mu­­dar", queixa-se a representante, que enxerga na data oficial uma forma de obter mais apoio de entidades públicas e privadas.

Roberto Biesemeyer, do Veteran Car Clube de Curitiba, que congrega 96 associados e 600 veículos clássicos, avalia como uma ótima oportunidade para mostrar a cultura antigomobilista à população. "Podere­mos fazer um grande desfile pela ci­­dade", prevê. Já para João Francisco Raitani de Oliveira, uns dos fundadores do Clube do Fordinho no Para­­ná, estava na hora de validar a contribuição que veículos antigos prestam à história do país. Na visão dele, a relação das pessoas com o seu meio de transporte é tão intrínseca que acaba influenciando o modo de vida de muitas famílias. "Com o tempo esse conceito acabou se perdendo. A data ajudará a resgatar a importância do automóvel no contexto histórico", destaca o colecionador.

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