Fat Boy não nega a sua vocação estradeira

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Mesmo modernizada, a Fat Boy 2008 mantém a identidade visual que a transformou em um dos maiores sucessos de vendas da Harley desde que foi lançada, em 1990. Um enorme farol, montado sobre moldura metálica, guidão largo, grosso garfo telescópico e as rodas inteiriças de alumínio sempre foram marcas registradas do modelo, mesmo com as mudanças na versão 2008.

Estas modificações se resumiram aos novos velocímetro, pneu dianteiro, pinça de freio de quatro pistões e pára-choque traseiro. Integrante da família Softail, a Fat Boy utiliza o motor Twim Cam 96B, de dois cilindros em "V" e 1584 cm3 de capacidade, refrigerado a ar, e alimentado por injeção eletrônica que gera 62 cv de potência. Em conjunto com o câmbio de seis marchas – com a sexta over-drive, indicada pelo numeral "6" aceso no painel sobre o tanque – oferece 12,23 kgfm de torque (força) a apenas 3.300 rpm.

Outro ponto positivo da moto é a boa posição de pilotagem. Além do largo assento, que lembra uma sela de montaria, dos bem acertados guidão e apoio para os pés, o pedal do câmbio pode ser utilizado como o de scooters.

Câmbio

Para engatar a primeira das seis marchas basta pisar para a frente. As demais são acionadas com o calcanhar, pisando na alavanca ao invés de movendo-a para cima. Por se tratar de uma moto com vocação estradeira, as melhores respostas surgem em alta rotações e suas retomadas são de admirar. Para quem já pilotou a Fat Boy na estrada, a sensação que fica é a de poder rodar por muitos quilômetros.

A Fat Boy foi lançada no início da década de 90, como uma resposta da marca à invasão de motos custom japonesas no mercado norte-americano. Em pouco tempo, esta moto fez com que a Harley retomasse a liderança no segmento de motos acima de 750 cc.