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Com a motorização bicombustível no bloco 2.0 do Focus, a Ford espera entrar na briga pela liderança do segmento de hatch médio | Divulgação Ford
Com a motorização bicombustível no bloco 2.0 do Focus, a Ford espera entrar na briga pela liderança do segmento de hatch médio| Foto: Divulgação Ford

Avaliação

Conforto na medida

Para quem opta pelo Focus sedã ou hatch, uma coisa é certa: o conforto ainda é a marca registrada das duas carrocerias. Com um motor que ganhou força, os veículos da Ford aliaram a isso um desempenho bastante satisatório.

Em um test-drive realizado pelas ruas de Porto Alegre (RS), os dois veículos mostraram ótima retomada de velocidade, respondendo prontamente aos comandos. A dirigibilidade nas versões de câmbio automático também chamam a atenção: um ponto de maciez incomum até para os veículos na mesma faixa de preço.

Além das questões técnicas, o interior merece pontos positivos. Mudanças na estrutura interna o deixou com visual ainda mais moderno. Já o design externo não trouxe grandes modificações, para o bem dos entusiastas do modelo.

  • Abastecido com álcool, o motor 2.0 Flex é capaz de gerar 148 cv de potência máxima
  • Air bag duplo, direção elétrica e computador de bordo estão entre os itens de série

Depois de um ano e meio do lançamento da nova geração do Focus, a Ford traz pa­­ra o motor 2.0 Duratec 16V a opção bicombustível. A novidade é aplicada tanto para a carroceria hatchback quanto sedã. Des­­de janeiro, a fabricante usava a tecnologia flex no Focus 1.6. A no­­va opção de motorização também em maior cilindrada torna o modelo a grande aposta da Ford para 2010.

A principal novidade da versão é o ganho de força quando abastecido com álcool. Se por um lado a tecnologia diminuiu o desempenho com gasolina, quando o combustível escolhido é o vegetal o carro tem performance satisfatória.

O propulsor bicombustível elevou a potência máxima do motor de 145 para 148 cv. Quando abastecido com o derivado de petróleo, porém, a cavalaria desce para 143 cv, segundo a Ford. A resposta no torque (responsável pela força do veículo) também teve um comportamento semelhante com o novo bloco. Na versão anterior ele chegava a 18,9 kgfm com gasolina (na faixa de 4.250 rpm). Agora atinge 19,4 kgfm com etanol (5.250 rpm) e 18,7 kgfm com combustível fóssil (4.250 rpm).

A opção flex para o Focus 2.0 busca preencher uma fatia de mercado que só cresce. A mudança dá boas alternativas de gastos aos proprietários. Segundo a Ford, o veículo com câmbio manual (tanto modelo hatch quanto sedã) tem média de consumo de 12,9 km/l, se abastecido com gasolina, e 8,2 km/l, rodando com álcool. Já na transmissão automática têm gastos de 11,9 km/l (gasolina) e 7,7 km/l (álcool).

Com o lançamento da linha 2010, a Ford pretende reafirmar o caráter econômico de sua produção, diz o gerente de marketing, Antônio Baltar. "O Novo Focus avança mais alguns degraus para se manter com bom desempenho, tanto no nível de equipamentos quanto na proposta de preço, reforçada pela manutenção econômica e pela garantia de três anos. Podemos afirmar que 2010 é o ano do Focus", diz.

O modelo sedã custa a partir de R$ 58.570, enquanto a hatch parte de R$ 56.570 – ambos já estão à venda. Os preços mais competitivos e as vantagens de pós-venda são as estratégias para buscar fôlego e alcançar seus concorrentes. A versão mais curta ocupa o 4.° lugar no ranking de vendas no segmento de hatch médio no Brasil, que é liderado pelo Hyundai i30, seguido do VW Golf e do Citroën C4 hatch. O sedã está em 6.°, distante do líder, o Toyota Corolla.

Sofisticação

Além da motorização atualizada , o Focus 2.0 Flex chama a atenção pelo seu padrão de acabamento. Por fora, pouca coisa mudou. O de­­sign consagrado da marca volta quase intacta, com a grade inferior trapezoidal e as rodas de liga leve de 16 polegadas sendo o destaque.

É em seu interior, no entanto, que estão os grandes atrativos. Tanto sedã quanto hatch trazem a opção de transmissão manual ou automática sequencial. São duas versões: a GLX, mais básica, e a Ghia. Ambas com itens para fisgar seu público-alvo, como novo acabamento no console central; volante em couro e com parte do acabamento cromado; faróis de neblina; e encosto de cabeça com regulagem para todos os passageiros.

Na configuração Ghia, o conjunto vai além. A tecnologia é a apos­­ta. Traz rádio com ajuste por comando de voz, botão de partida sem chave, ar-condicionado automático e digital – com controle in­­dividual de temperatura para motorista e passageiro do assento dianteiro – e sensor de estacionamento traseiro. O banco do motorista também tem ajuste de altura elétrico e ajuste lombar manual. Para completar o visual, o veículo traz teto solar.

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O jornalista viajou a convite da Ford

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