Digital
Montadora usa a internet para alavancar as vendas
Oswaldo Ramos, gerente geral de Marketing da Ford, afirma que a expectativa da montadora é que o Fusion Flex responda por 50% das vendas. Os outros 50% seriam divididos entre as duas versões do Ecoboost. Mas os consumidores não deverão ver muita propaganda do novo modelo em televisão aberta. Para promover as vendas, a montadora decidiu usar a internet e o resultado foi tão bom que esse meio deve continuar recebendo recursos volumosos.
Em dezembro de 2012 a Ford reuniu os pilotos campeões da Fórmula 1 Nelson Piquet e Nigel Mansell no Velopark, em Porto Alegre, para um reencontro nas pistas pilotando o Fusion Flex. As filmagens renderam quatro episódios e os vídeos tiveram 2,5 milhões de visualizações. Enquanto acompanhavam o desenrolar desse reencontro histórico, cerca de 10 mil consumidores manifestaram interesse em receber informações do Fusion Flex.
O que causou um certo estranhamento foi o fato de a Ford manter o tanquinho no novo modelo ao invés de optar por um sistema de partida eletrônica a frio. "O sistema está sendo estudado, mas ainda não foi aprovado nos patamares de exigência da montadora", afirma Ramos.
Hybrid
Ainda no primeiro semestre deste ano a Ford vai trazer para o mercado brasileiro mais uma novidade na linha Fusion, é a versão com motor híbrido de 2.0 litros, que funciona a gasolina e com motor elétrico. O objetivo, segundo a montadora, é oferecer ao consumidor um modelo com luxo e potência, mas muito sustentável. Embora com características diferentes, o Fusion Hybrid vai competir com o Toyota Prius.
A Ford entrou em 2013 ampliando a linha do Fusion e trouxe o sedã com motor 2.5 Flex, desenvolvido especialmente para o Brasil. Até agora, o consumidor encontrava nas concessionárias da marca o Fusion Ecoboost nas versões Titanium 2.0 e 2.0 AWD. O primeiro custa R$ 99.990 e pode vir com teto solar por mais R$ 4 mil. O segundo custa R$ 112.990. E o novo Flex vai estar nas lojas na segunda quinzena deste mês, em versão única, por R$ 92.990. O único opcional é o teto solar.
Os engenheiros da Ford não pouparam esforços para deixar o Fusion Flex com cara e desempenho de esportivo. Por fora, o design é arrojado. Grade e ponteira do escapamento cromadas e para-choques e retrovisores na cor do veículo reforçam a esportividade. Dentro, couro nos bancos e na manopla do câmbio complementam o visual.
Eduardo Barretto, gerente de Engenharia da montadora, conta o que mais foi feito para que o Fusion Flex tivesse a aerodinâmica melhorada. A direção elétrica foi ajustada e agora tem compensação ativa de vibração e a suspensão é nova. Além disso, na frente do carro, atrás da grade, estão posicionadas aletas controladas eletronicamente que abrem e fecham conforme a necessidade. Fechadas, melhoram em 6% a aerodinâmica.
O Fusion Flex também é mais baixo, o que confere ar esportivo, mas pode ser um problema em determinados terrenos e nas lombadas irregulares espalhadas pelas cidades brasileiras. Outra medida dos engenheiros foi colocar um pedaço de um plástico mais rígido na frente dos pneus dianteiros para distribuir o ar nas laterais e reduzir o atrito.
Na disputa
A Ford coloca como competidores do Fusion os modelos Hyundai Sonata (R$ 95.250), Kia Optima (R$ 105.900) e Peugeot 508 (R$ 109.990). Nessa disputa, o modelo da Ford é o único com motor flex e ainda tem a maior distância entre-eixos: 2,850 metros. De comprimento são 4,871 metros e a capacidade do porta-malas é de 514 litros.
O motor Duratec 2.5 iVCT atinge a potência de 175/167 cv (6.000 rpm) com etanol e gasolina, e torque de 237/228 Nm (4.500 rpm) com etanol e gasolina. A transmissão é automática de seis velocidades. O consumidor tem sete opções de cores para a carroceria: a metálica Prata Dublin e as perolizadas Branco Sibéria, Preto Bristol, Cinza Berlin, Vermelho Bordeaux, Vermelho Vermont e Azul Carmel.
O proprietário de um Fusion conta, ainda, com 26 itens de proteção dos ocupantes, sistemas de conectividade e de navegação, banco do motorista com ajuste elétrico em dez posições, direção com regulagem de altura e profundidade, ar-condicionado com controles individuais para motorista e passageiro, além de saídas de ar traseiras, e teclado numérico embutido na coluna da porta do motorista. Ele permite a abertura e o fechamento do carro sem o uso da chave.
A jornalista viajou a convite da Ford
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