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De todos os combustíveis para veículos, o único que não admite falsificação é o Gás Natural Veicular (GNV).

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Ao contrário da gasolina, etanol ou diesel, é impossível acrescentar qualquer outro líquido e aumentar desonestamente o lucro em sua comercialização.

Porque a venda do GNV exige do posto um equipamento de elevado custo, o compressor. E este não admite maracutaias.

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Entretanto, alguns clientes (taxistas em sua grande maioria) percebem que a quantidade de GNV injetado no cilindro pode variar entre diversos postos.

E até preferem abastecer onde o volume injetado é maior, pois podem rodar mais quilômetros antes de parar novamente no posto para recarregar o cilindro. É aí que reside o perigo!

Não há nenhuma desonestidade do posto, que cobra do freguês exatamente o volume de metros cúbicos de GNV fornecido.

Mas a quantidade maior ou menor de gás injetado durante o abastecimento é função da pressão com que trabalha o compressor. Que, por medida de segurança, é limitada pela ANP em 220 bar. E pode ser conferida pelo manômetro colocado no circuito do gás.

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O que fazem alguns donos de postos irresponsáveis é aumentar essa pressão para faturar alguns reais a mais em cada abastecimento.

A ANP, consultada, confirmou que já flagrou postos com a pressão do GNV aumentada para até próxima de 300 bar. O que explica algumas explosões durante o abastecimento.

Em alguns casos, ao invés do cilindro de GNV, o dono do carro tinha levado o botijão de gás de cozinha para o posto. Mas ele resiste a apenas 13 bar de pressão e por isso explode ao receber 200 bar no posto.

Em outros casos, o cilindro de GNV não estava em condições de uso. Ou outra irregularidade no automóvel.

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Mas diversas explosões não eram explicadas, pois só o dono do posto (ou do que restou dele…) sabia, mas não revelava o motivo.

Até que a ANP descobriu a causa ao comprovar que a pressão do compressor vinha sendo manipulada por alguns postos.

Como verificar? Basta conferir no manômetro, ao abastecer com GNV, se a pressão está dentro do limite de segurança de 220 bar indicada pelo ponteiro.